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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Pela primeira vez, plano de saúde individual vai ter desconto obrigatório

Índice foi aprovado nesta quinta pelo órgão regulador

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São Paulo

A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) aprovou nesta quinta (8) o reajuste anual dos planos de saúde individuais e familiares que, pela primeira vez na história, vai ser negativo. O índice para este ano é de -8,19%.

Segundo a agência, o número é reflexo da redução dos procedimentos e despesas do sistema em 2020.

A taxa de sinistralidade das operadoras caiu em 2020, já que os procedimentos eletivos, como cirurgias e exames sem urgência, foram adiados por causa da pandemia. O cenário foi usado como base pela ANS, que considera as despesas do ano anterior para calcular o novo reajuste.

O reajuste negativo era previsto há meses e sofreu muita pressão contrária do setor.

Após a decisão da ANS, a Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) disse que o desconto obrigatório é preocupante para a sustentabilidade dos negócios.

"A aplicação de um índice negativo ampliará ainda mais esse desequilíbrio, o que poderá condenar permanentemente a existência dessas operadoras e a continuidade desses planos", diz.

Para a Abramge, o cálculo que levou ao reajuste negativo foi baseado em um ano com ambiente de previsão econômica excessivamente volátil, que foi 2020 por causa da pandemia.

A FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar), outra associação do setor, afirma que o custo dos planos de saúde com as despesas assistenciais dos pacientes já retomou o nível pré-pandemia.

"A alta dos procedimentos tende a continuar a ter reflexos expressivos nos custos assistenciais nos próximos meses, portanto, com efeitos sobre os preços das mensalidades a serem praticados no próximo ciclo de reajuste em 2022", diz a entidade.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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