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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu inflação

Inflação de alimentos aquece nova tendência de doações para combate à fome

Principal causa atualmente é a luta contra a pobreza, diz especialista

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São Paulo

As iniciativas de doação de comida por grandes empresas, que explodiram no início da pandemia, devem entrar em nova tendência de alta na tentativa de mitigar os efeitos da inflação dos alimentos.

Paula Fabiani, diretora do Idis (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), afirma que a principal causa para o brasileiro hoje é o combate à pobreza. "Em 2015, eram saúde e criança. Em 2020, o combate à pobreza emergiu como principal causa e muito distante do segundo e terceiro colocados. Acho que isso também se reflete na atuação das empresas que estão olhando para essas necessidades mais básicas do brasileiro", diz Fabiani.

Segundo ela, muitas das companhias que atuaram nas doações da pandemia também estão buscando alinhamento aos negócios, como empresas de saúde e educação fazendo iniciativas nas próprias áreas.

A advogada Priscila Pasqualin, sócia do escritório PLKC e especialista em fundos filantrópicos, diz que tem recebido no escritório empresas interessadas em ajudar em questões do combate à pobreza e à fome. "Na onda ESG, o S é o menos desenvolvido no mundo inteiro, mas as empresas estão vendo o investimento social privado, a linha de responsabilidade social feita de maneira estratégica, e se organizando".

Na semana passada a Vale anunciou renovação do apoio à Ação da Cidadania na campanha Natal Sem Fome, incentivando doações financeiras ao projeto. A mineradora afirma que vai doar R$ 10 a cada R$ 1 doado por sua rede voluntária até alcançar R$ 70 mil em doações de voluntários. Segundo a empresa, a iniciativa se soma à entrega de 1 milhão de cestas básicas até dezembro para 219 mil famílias que passam por insegurança alimentar grave.

A onda de doações que o país viveu após o início da pandemia, em março de 2020, cresceu com força até meados do segundo semestre do ano passado, quando alcançou a marca dos R$ 6,5 bilhões, de acordo com o monitor da ABCR, associação de captação de recursos que acompanhou a evolução dos números. Neste ano, cresceu mais um pouco até estacionar na casa dos R$ 7,1 bilhões.

com Mariana Grazini e Andressa Motter

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