Depois do projeto para a construção do terminal VIP em Cumbica, o governo autorizou a concessionária do aeroporto de Guarulhos a assinar três novos contratos: um hotel vizinho ao edifício-garagem, um hangar para manutenção de aeronaves da United Airlines e galpões logísticos de grande porte.
A liberação para os novos empreendimentos segue o mesmo princípio do terminal VIP, que permite à concessionária assinar o contrato comercial de cessão do espaço no aeroporto com prazo superior ao período de vigência da concessão.
Para o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, responsável pela liberação, a medida ajuda as concessões antigas a atraírem investimentos de grande porte que não teriam tempo suficiente para serem amortizados antes do fim da concessão.
No caso de Guarulhos, cuja concessão, de 20 anos, já caminha para a segunda metade, ficaria mais difícil atrair grandes empreendimentos com viabilidade econômica no período que resta.
"É uma política pública pró-negócios, em que a gente viabiliza investimento grande nessa fase mais difícil da concessão, que é a reta final dos contratos. É uma fase em que não se veem muitos investimentos mundo afora, porque não há mais tempo para se amortizar daqui para a frente. Por isso o modelo de concessão de aeroportos brasileiro é visto como referência", diz Glanzmann.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Gilmara Santos
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