O Votorantim fechou um acordo com o Banco Central e pagará R$ 16 milhões por falhas em seus procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo.
A instituição já é a segunda a ser autuada pelo regulador em uma "blitz" para avaliar os mecanismos de segurança contra crimes. Há duas semanas, o Itaú foi autuado em R$ 19 milhões pelas mesmas falhas.
Sem exigência de confissão de culpa, os bancos terão de apresentar ao BC um plano de ação com melhorias em seus mecanismos de combate ao crime. Esse plano será avaliado pelo regulador até que seja implementado.
O BC também exigiu aprimoramento no controle sobre operações de câmbio, especialmente na comprovação de domicílio no exterior de beneficiários de remessas de recursos. Esse ajuste tem de ser realizado em um prazo de seis meses, segundo a decisão.
O banco tem 30 dias para pagar a multa ao BC. Há penalidades adicionais. Caso sejam descumpridos os prazos determinados, haverá multa diária de R$ 5 mil. E, caso as obrigações não sejam obedecidas, o Votorantim receberá multa de R$ 1 milhão para cada descumprimento.
Procurado, o Votorantim afirma que "o procedimento evita discussões em processo administrativo, sem configurar qualquer confissão ou reconhecimento de ilicitude.
Por meio de sua assessoria, a instituição informa que "reforça continuamente seus sistemas de gerenciamento de riscos e controles internos, atuando sempre dentro dos mais altos padrões de governança".
À época, o Itaú informou que não foram encontradas falhas graves pelo BC e que, mesmo assim, decidiu firmar o compromisso "como mais um passo no aprimoramento de seus procedimentos para o uso adequado do Sistema Financeiro Nacional e o combate a práticas ilegais".
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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