A transição de governo, até o momento, gerou muita discussão e pouca decisão. Esta é a percepção de integrantes do governo de Jair Bolsonaro que vêm colaborando com as equipes do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
Para eles, chama a atenção a quantidade de integrantes dos grupos de trabalho, muito diferente da transição de Bolsonaro.
A análise é que, diferentemente do presidente, Lula tem base política e este será um desafio para o preenchimento de cargos na Esplanada. O presidente eleito tem políticos e técnicos na base aliada, o que tornará difícil a escalação de seu time.
Bolsonaro, que não tinha base, não tinha nada, se apegou aos quadros técnicos dos ministérios herdados do ex-presidente Michel Temer.
Um dos assessores de Bolsonaro, que falou sob condição de anonimato, lembrou-se de Marcelo Guaranys, um dos mais respeitados técnicos da Esplanada, que foi, à época, apenas entregar um documento, formalizando compromissos inadiáveis do presidente eleito logo após a posse, e saiu do encontro como número dois do Ministério da Economia.
Tarcísio de Freitas, naquele momento diretor do PPI (Programa de Parceria de Investimentos), foi apresentar o programa de concessões e saiu da reunião ministro da Infraestrutura.
Julio Wiziack (interino) com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.