Na primeira reunião de Aloizio Mercadante com funcionários do BNDES após a aprovação de seu nome para a presidência do banco, nesta quinta (26), ele fez um gesto que agradou funcionários e demonstrou a guinada ante seu antecessor, Gustavo Montezano, que cultivava relação menos amistosa.
Sob Mercadante, não haverá mais o elevador exclusivo para diretores, superintendentes e convidados. Os funcionários idosos, gestantes, pessoas com deficiência e imunossuprimidos também poderão usar.
Arthur Koblitz, presidente da AFBNDES (associação dos funcionários), diz que, com a iniciativa, além de mostrar mudança de postura da direção em relação ao trabalhador, Mercadante deu abertura para a participação no debate sobre os caminhos do banco.
A voz, segundo Koblitz, será usada para defender a discussão de temas como as operações de empréstimo do banco no exterior.
"Essas operações são importantes para o país, para a competitividade da indústria brasileira. Eu acho antinacional essa histeria porque foi anunciada uma disposição do governo de voltar a fazer esse tipo de financiamento. Não consigo entender por que os liberais brasileiros são contra o Brasil incentivar exportação. As operações tiveram retorno positivo para o país. O fundo que garantiu as operações vai muito bem. Não está quebrado. A política de apoio à exportação de serviços de engenharia era importante para a indústria, para a política externa do governo", diz Koblitz, que também é representante dos empregados no conselho da instituição.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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