O deputado Rogério Correia (PT-MG) protocolou na Câmara um requerimento para a realização de reuniões com os estados de Minas Gerais e Espírito Santo para debater a repactuação do acordo judicial sobre o rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).
Segundo o parlamentar, a Fundação Renova, criada para a reparação das vítimas da tragédia em 2015, não consegue dar agilidade ao atendimento das famílias e apresenta burocracia na questão ambiental. A entidade é mantida pelas empresas Samarco, BHP Billiton e Vale.
A repactuação de novos termos já é discutida entre o governo Lula, MPF (Ministério Público Federal) e as mineradoras que mantém a fundação. Conforme mostrou a Folha, uma das propostas em discussão é o fim gradual das funções da Renova.
Em 2021, a Câmara criou uma comissão para acompanhar o caso. Antes das eleições do ano passado, foi aprovado um relatório com 84 recomendações gerais para as instituições públicas envolvidas na repactuação.
O rompimento da barragem matou 19 pessoas e deixou um rastro de destruição entre Minas e Espírito Santo. A lista de indenizados da Fundação Renova abrange cerca de 409 mil pessoas.
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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