O impasse sobre a vistoria em computadores de executivos da Americanas em busca de provas de fraude contábil teve um novo obstáculo nesta quinta-feira (2).
A vara cível do Rio de Janeiro recusou o pedido vindo da Justiça de São Paulo para a busca e apreensão das caixas de emails.
O juiz substituto da 2ª vara empresarial da comarca do Rio Alexandre de Carvalho Mesquita devolveu, sem cumprir, a carta precatória que recebeu da 2ª vara regional de competência empresarial e de conflitos da capital paulista.
Na negativa ele diz ver conflito de competência. "Se todas as diligências devem ser cumpridas nesta comarca, não há nenhuma razão fática ou jurídica para que a produção antecipada de provas seja deferida por juízo incompetente", afirma o juiz do Rio de Janeiro no texto.
Mais cedo, o juiz Ricardo Negrão, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial da Justiça de São Paulo, negou o recurso da Americanas contra decisão que permitiu vistoria em computadores. A ação foi movida pelo Bradesco, que tem R$ 4,7 bilhões em créditos a receber da Americanas e afirma que a empresa "foi palco para uma das maiores fraudes contábeis da iniciativa privada".
Na quarta (1), a varejista já havia tido um outro recurso negado pela juíza de primeira instância que autorizou as buscas. Ela determinou que a vistoria seja feita pela Kroll e que as informações sejam compartilhadas com a CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix
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