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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu juros Banco Central

Novo teto de juro do consignado do INSS divide sindicalistas

CUT, Força Sindical e UGT votaram com o governo, mas CSB reclamou da decisão

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São Paulo

O aumento de 1,70% para 1,97% no teto do juro do consignado aprovado pelo CNPS (Conselho Nacional de Previdência Social) nesta terça-feira (28) dividiu os sindicalistas, que vinham acompanhando o caso com críticas conjuntas aos bancos.

Os representantes das centrais CUT, da Força Sindical e da UGT no conselho votaram a favor da mudança, mas a CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), que tem suplente no conselho, era contra a revisão.

Antonio Neto, presidente da CSB, criticou a alternativa encontrada pelo governo Lula. O movimento anterior, que derrubou o teto de 2,40% para 1,70%, havia provocado uma suspensão em série do consignado nos bancos que atuam com o produto.

"Na contramão dos interesses da classe trabalhadora, o governo se submeteu aos caprichos e interesses de um cartel de bancos com a participação da Caixa e do BB", escreveu o sindicalista em rede social.

Segundo Neto, "o recado do governo é péssimo em tempos de enfrentamento aos juros exorbitantes praticado pelo Banco Central".

Foram 11 votos favoráveis de membros do governo, aposentados e trabalhadores, três abstenções (de empregadores, representados por organizações formadas por bancos), e um voto contrário do Sindnapi (Sindicato Nacional de Aposentados, Pensionistas e Idosos), que defendia o teto em 1,90%.

Para João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, a nova taxa foi "um ganho possível". Ricardo Patah, presidente da UGT, disse em rede social que a taxa votada nesta terça ainda tem grande peso para o trabalhador.

A CUT, ligada ao presidente Lula, disse que a proposta do presidente dá "um ponto final ao boicote dos bancos".

Joana Cunha com Paulo Ricardo Martins e Diego Felix

Antonio Neto, da CSB, é contra o novo teto do juro do consignado
Antonio Neto, da CSB, é contra o novo teto do juro do consignado - Mathilde Missioneiro - 24.out.2022/Folhapress

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