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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Descrição de chapéu indústria

Fábrica de presidente da Fiesp vai produzir para Shein no Brasil

Memorando de entendimento prevê fornecimento, financiamento e exportação

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São Paulo

A estratégia de nacionalização da produção anunciada pela varejista Shein e pelo Ministério da Fazenda na quinta-feira (20) inclui também parcerias comerciais com produtores locais. A Coteminas (Companhia de Tecidos Norte de Minas), do empresário Josué Gomes, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), será uma delas.

A empresa divulgou em comunicado ao mercado que assinou um memorando de entendimentos com a varejista de origem chinesa.

Segundo fato relevante assinado pelo diretor de relações com investidores da Coteminas, João Batista da Cunha Bonfim, o documento prevê o "estabelecimento de uma parceria" para que "2.000 de seus clientes confeccionistas passem a ser fornecedores da Shein".

Logo da Shein é visto na sede da empresa em Singapura - Chen Lin-18.out.22/Reuters

Esse fornecimento, de acordo com o comunicado, atenderá o mercado doméstico brasileiro e América Latina. O memorando de entendimento também inclui a previsão de "financiamento para capital de trabalho" e "contrato de exportações de produtos para o lar".

Em carta divulgada pelo Ministério da Fazenda na quinta, a Shein diz que fechará parcerias comerciais com 2.000 fabricantes brasileiros e prevê gerar 100 mil novos empregos nos próximos três anos. A varejista promete investir R$ 750 milhões para aumentar a competitividade da indústria têxtil no Brasil.

A Shein esteve no centro das discussões da possibilidade de o governo federal acabar com a isenção de imposto de importação de produtos de até US$ 50 quando as remessas eram entre pessoas físicas.

Entidades, principalmente as ligadas ao setor têxtil, têm cobrado uma solução para o que consideram ser uma competição desleal com a indústria local. Segundo essas associações, o benefício de isenção vinha sendo usado de maneira fraudulenta por empresas para evitar o recolhimento de impostos no ingresso da mercadoria no Brasil.

Joana Cunha com Fernanda Brigatti

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