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Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

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Ilhabela tenta na Justiça receber todos os royalties de petróleo pagos para a região

Mais de R$ 1 bilhão é alvo da disputa entre a ilha, São Sebastião e Caraguatatuba

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São Paulo

A paradisíaca Ilhabela, no litoral paulista, aguarda o julgamento pelo TRF-3 (Tribunal Regional Federal) nesta (4) de um processo para engordar o caixa da prefeitura em ao menos R$ 1 bilhão.

Em 2020, a prefeitura da ilha moveu uma ação questionando a revisão do IBGE que incluiu São Sebastião e Caraguatatuba na lista de cidades com direito a acessar os recursos da exploração de petróleo na região.

Vista aérea das extensão de areia da praia da Baleia, em São Sebastião, no litoral norte paulista
Vista aérea das extensão de areia da praia da Baleia, em São Sebastião, no litoral norte paulista - Ronny Santos - 11.mar.2023/Folhapress

Além do IBGE e das cidades litorâneas, Ilhabela também incluiu a ANP (Agência Nacional do Petróleo) como ré no processo.

O dinheiro que pertence a São Sebastião e está bloqueado na Justiça é apontado pelo prefeito Felipe Augusto (PSDB) como fundamental para ajudar na reconstrução da cidade, devastada pelos temporais de fevereiro.

Ele avalia que são necessários R$ 600 milhões em obras para recuperar os estragos.

Em novembro de 2021, a ação de Ilhabela foi julgada improcedente pelo juízo de primeira instância. Na decisão, a Justiça afirmou que a concentração de 100% dos royalties da exploração de petróleo na região por Ilhabela era desproporcional. O município recorreu.

No fim do ano passado, a ministra do STF, Rosa Weber, determinou que o valor disputado na Justiça fosse depositado em juízo até uma decisão final.

Segundo advogados envolvidos no processo, se perder mais uma decisão nesta quinta, Ilhabela deve seguir a cadeia recursal e jogar a discussão até a última instância da Corte Suprema.

O caso é mais um que se soma à disputa pela distribuição de royalties do petróleo no Brasil. Até hoje, mais de uma centena de municípios judicializou a questão, todos tentando ampliar a participação nos lucros.

Com Diego Felix

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