O fim da exclusividade das maquininhas que aceitam vale-refeição e alimentação vai gerar uma economia de R$ 5,2 bilhões aos bares e restaurantes, segundo pesquisa da LCA encomendada pelo iFood. Hoje, cada equipamento só opera com um tipo de tíquete.
Neste momento, o Congresso discute a regulamentação da chamada interoperabilidade das maquininhas, em que os sistemas são compartilhados e aceitam vouchers de qualquer empresa.
Favorável à abertura do mercado, o iFood é uma das empresas que disputam um cabo de guerra com companhias como a Alelo, Ticket e Sodexo, que operam com sistemas próprios.
A economia bilionária corresponde ao valor que os restaurantes deixariam de pagar para receber pagamentos usando vale-refeição e alimentação pelas maquininhas das bandeiras tradicionais.
Hoje, essa taxa varia entre 7% e 13%, porém, com os sistemas compartilhados, as taxas devem cair para 2% —as mesmas praticadas por operadoras de cartão de crédito e débito.
Outro ponto que está em discussão no Congresso é a portabilidade dos vales, direito concedido pela lei ao trabalhador de escolher qual bandeira do tíquete quer usar.
A pesquisa da LCA mostra que 81% dos entrevistados desejam escolher a própria bandeira e 36% querem mudar a companhia do vale.
Conforme mostrou o Painel S.A., as gigantes do ramo tentam, por meio de emendas junto a deputados federais, modificar alguns pontos da legislação. Entre outros temas, elas querem manter com as empresas o direito de escolher o fornecedor do cartão dos funcionários.
Elas entendem que com maior volume de pessoas, as companhias conseguem melhores condições de pagamento e benefícios.
Essas mudanças legais deveriam ter sido regulamentadas em maio, o que não ocorreu. Por isso, o governo Lula editou uma medida provisória ampliando o período de regulamentação do texto para maio de 2024.
Com Diego Felix
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