Cinco em dez jovens entre 18 e 24 anos encontram nos call centers a porta de entrada para o mercado de trabalho. Conhecida como nem-nem, essa geração dos que nem trabalham nem estudam é um dos principais desafios que o governo Lula tem pela frente.
Para o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social), o telesserviço será um dos pilares de um plano de ação do governo para garantir acesso ao primeiro emprego a esse público.
Dados da ABT (Associação Brasileira de Telesserviço) mostram que o segmento emprega 1,4 milhão de trabalhadores formais e ao menos 40% tiveram nos call centers seu primeiro registro em carteira.
Embora São Paulo concentre a maior força de trabalho, há operações de atendimento de empresas em MG, BA, PR, RJ, RN, CE, AL e PE.
A AeC, a maior empregadora do ramo, mantém 45 mil colaboradores em 11 cidades. Metade de seu quadro de funcionários é de jovens entre 18 e 24 anos e cerca de 40% têm a companhia como seu primeiro empregador.
Cerca de 11 mil deles são beneficiários de programas sociais do governo federal, como o Bolsa Família e inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Além disso, a empresa é um reduto para a diversidade: 67% são mulheres; 68% se declaram pretos ou pardos; 23% pertencem à comunidade LGBTQIAPN+.
Com Diego Felix
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