Os três maiores bancos privados (Itaú, Bradesco e Santander) estimam que a injeção de recursos diretamente no consumo com o pagamento de precatórios pelo governo federal será de cerca de R$ 38 bilhões, o que levará a um impulso de até 0,35 ponto percentual no PIB do primeiro trimestre.
As projeções superam as da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, que, recentemente, indicou um acréscimo na economia de, no máximo, 0,28 ponto percentual do PIB.
Esse dinheiro será pago pela União por decisão do Supremo Tribunal Federal que, em novembro, autorizou o governo a quitar suas dívidas com precatórios (títulos com sentenças judiciais definitivas) sem que essa despesa comprometesse as metas fiscais e a execução orçamentárias.
De acordo com a previsão, serão mais R$ 34,2 bilhões a serem pagos em 2025 e R$ 39,7 bilhões, e, 2026.
Segundo economistas das instituições, parte desse dinheiro (cerca de 40%) se refere a precatórios alimentares, salários, benefícios e pensões. Ou seja, é dinheiro destinado ao consumo e que pode ajudar a conter a desaceleração prevista no início deste ano.
A previsão de crescimento do PIB neste ano pelo Bradesco é de 2%. Itaú estima essa alta em 2,9% e o Santander, em 2,8%. A média do mercado é de 1,58%.
Com Diego Felix
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