O Lide, Grupo de Líderes Empresariais, promoveu nesta segunda um debate sobre arbitragem e João Doria Neto, o Johnny, perguntou aos palestrantes o que pensam sobre a Secex-Consenso, a secretaria do TCU (Tribunal de Contas da União) que faz mediações entre empresas e o governo.
Johnny é herdeiro de João Doria, fundador do Lide, e ocupa cargo na empresa.
A pergunta foi interpretada por presentes como uma provocação, porque o presidente do TCU, Bruno Dantas, idealizou a Secex-Consenso e é casado com Camila Funaro Camargo, CEO do Esfera Brasil, concorrente do Lide.
Antes de fazer a pergunta, Doria Neto lembrou que a Secex-Consenso foi alvo de uma reportagem da revista Piauí, que apresenta a secretaria como um balcão de negócios.
A Secex-Consenso, no entanto, tinha aval dos ministérios como forma de resolver problemas na execução de contratos para evitar judicialização.
No debate, dois advogados consideraram que seus clientes preferem as vias institucionais —leia-se: a arbitragem ou a Justiça— para solução de conflitos.
Consultado, o Lide informou que João Doria Neto nega ter feito uma provocação e diz que avaliou, em um painel de discussão de alto nível sobre arbitragem, ser pertinente questionar sobre o papel da mediação conduzida pelo TCU ou qualquer outro órgão da administração pública.
O ministro Bruno Dantas não quis comentar.
Com Diego Felix
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