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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Palmeiras gera dúvidas físicas e técnicas

A questão é ser competitivo e convincente a partir da estreia na Libertadores, contra o Junior Barranquilla

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Felipão gesticula durante treino do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

O Palmeiras estreia na fase de grupos da Libertadores na quarta (6) com dúvidas sobre o desempenho coletivo da equipe, que não venceu quatro de seus nove jogos. Também sobre a preparação física, levantadas por Felipão depois de ganhar do Ituano por 3 a 2.

“A partir dos dez ou quinze minutos do segundo tempo, o time teve uma queda, uma situação que preciso conversar com o pessoal da preparação física e da fisiologia”, disse.

Dos 10 gols marcados pelo Palmeiras em 2019, 7 foram no primeiro tempo. Dos quatro sofridos, metade aconteceu na segunda etapa. 

O alerta dos números não exclui dizer que, depois do título brasileiro, o Palmeiras não é convincente também em suas exibições de primeira etapa. Jogou bem, mesmo, contra o São Caetano. Contra o Corinthians, finalizou 11 vezes no primeiro tempo e 14 no segundo. O problema não foi físico. Foi de pontaria, porque dos 25 chutes só 1 acertou a meta de Cássio.

O Palmeiras é o quarto em finalizações no Paulista, mas o sétimo quando o assunto é acertar a meta. O sexto colocado em número de gols.

Quando Felipão voltou ao Parque Antarctica, em julho, o time era o sétimo colocado do Brasileiro e o quarto melhor ataque. Terminou campeão brasileiro e com o maior número de gols da competição. É um equívoco tratar Felipão como retranqueiro, fama que por muito tempo colou. Nas duas vezes em que ganhou o Brasileiro, teve o melhor ataque.

Também na Copa do Mundo que venceu. Seus times podem ser duros, pragmáticos, é possível criticar sua admitida busca pelo futebol de resultados. Mas tentar o gol nunca lhe faltou.

Ninguém espera do Palmeiras de Felipão o que Felipão não entregará. A questão é ser competitivo e convincente a partir da estreia na Libertadores, contra o Junior Barranquilla, na Colômbia. O vice-líder do Colombiano trocou o técnico Julio Comesaña por Luis Fernando Suárez, que levou o Equador à Copa do Mundo de 2006 e Honduras à de 2014.

Seria absurdo exaltar Suárez por suas participações em Mundiais sem lembrar que Felipão é um dos três técnicos a alcançar três semifinais de Copas em toda a história. Só Zagallo e o alemão Helmut Schöen tiveram o mesmo êxito. 

Ou que Felipão participou de cinco Libertadores e chegou quatro vezes às semifinais. O currículo é indiscutível. A pergunta é sobre o presente. O Palmeiras não jogou ainda o que pode em 2019 porque o estadual não exige? Ou porque o time perdeu o jeito em comparação com a campanha do título brasileiro? 

Felipão dá sinais para quem sabe ler. No ano passado, nunca disse que havia um time B, para o Brasileiro, e outro C, para as Copas. Ler suas escalações ajudou a entender isso e também que havia um grupo de três a quatro que jogavam quase sempre –Dudu, Bruno Henrique, Willian e Felipe Melo.

Da mesma maneira, a escalação titular nos 3 a 2 sobre o Ituano deu o indício da equipe que entrará em campo na estreia na Libertadores.

Ricardo Goulart convence, Dudu ainda não jogou como no segundo semestre de 2018, Carlos Eduardo não deu sinal de que pode dar a velocidade que Felipão espera pela direita. Mas há um time. É deles a missão de mostrar, na Colômbia, que o Palmeiras pode ganhar o bi da Libertadores.

Campinho para coluna do pvc 04.mar de 2019: Palmeiras 2019: busca pelo bi da Libertadores começa assim
Campinho para coluna do pvc 04.mar de 2019: Palmeiras 2019: busca pelo bi da Libertadores começa assim - folhapress
Campinho para coluna do pvc 04.mar de 2019: Palmeiras 1999: os heróis do primeiro título jogavam assim
Campinho para coluna do pvc 04.mar de 2019: Palmeiras 1999: os heróis do primeiro título jogavam assim - folhapress

NÃO É GUERRA

Antes de viajar para a Bolívia, o técnico Abel Braga declarou: "É guerra". Fala sobre ser necessário abrir mão de parte da técnica para jogar a Libertadores. Contraponto é Thiago Nunes, do Athletico-PR: "Os últimos campeões venceram jogando em busca do gol." Thiago Nunes tem razão. Desde 2015 é assim.

SÃO PAULO ESTRANHO

O São Paulo venceu com passe de Nenê e melhorou depois de Diego Souza substituir Bruno Alves. Ainda está estranho. O 3-5-2 de ​Vágner Mancini tem Hernanes como atacante, à frente d Helinho e Antony. Os meninos correm para Hernanes jogar. Cuca assiste a tudo de Curitiba e prepara a reformulação.

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