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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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O ano em que Neymar precisa reagir e jogar futebol

Concentrado, jogador ainda rivaliza com Messi, Cristiano Ronaldo e, agora, Mbappé

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O ano de 2020 deveria começar no domingo (5) para Neymar. O Paris Saint-Germain entrou em campo pela Copa da França contra o Linas-Montlhery. Thomas Tuchel preferiu poupar o atacante brasileiro.

Desde que sofreu uma lesão, em janeiro de 2019, ele disputou 18 jogos no PSG

Apenas 10 dos 27 compromissos oficiais do clube na temporada tiveram Neymar em campo —e nem sempre como titular. O contraste é que nos dez jogos, antes da Copa da França deste domingo (5), Neymar marcou nove vezes e deu seis assistências. São 15 participações em gols, 1,5 a cada 90 minutos.

Mbappé é melhor. Em 17 jogos somados no Francês e na Champions League, tem 23 ações decisivas, 16 gols e 7 passes. Está claro que hoje o PSG é mais Mbappé do que Neymar, até porque a torcida apaixonou-se pelo francês, na ausência do brasileiro.

Enquanto Neymar dava soco em torcedor e era acusado de estupro, Mbappé decidia partidas.

Isto não exclui a chance de Mbappé e Neymar criarem a maior surpresa do primeiro semestre. Classificado em primeiro na chave do Real Madrid na primeira fase da Champions, o PSG enfrentará o Borussia Dortmund nas oitavas de final. 

Não é um período de brilho nem do Real Madrid, de Zidane, nem do Barcelona, de Messi. O Manchester City faz jornadas irregulares e o Bayern não está bem, mesmo com o recorde de pontos nos primeiros seis jogos da Champions. O Liverpool é candidato ao bicampeonato, muito mais do que o PSG.

Mas os franceses possuem dois jogadores capazes de desequilibrar os rivais.

Na fase de grupos, Neymar atuou apenas uma vez como titular, contra o Galatasaray, goleado por 5 a 0. O técnico alemão Thomas Tuchel escalou no desaparecido sistema 4-2-2-2, com Neymar e Sarabia como meias, Icardi e Mbappé avançados. 

Difícil imaginar tanta ousadia contra o Borussia Dortmund e, principalmente, a partir das quartas de final da Champions, se chegar até lá. Neymar é cada vez mais meia, atua como ponta de lança, não como ponta-esquerda. Quer dizer que usa sua visão de jogo e capacidade de passe, ocupando mais espaços no campo.

Quando joga, encanta.

Já foi assim na decisão da Copa da França, em abril de 2019. Destruiu a defesa do Rennes com jogadas impressionantes para quem voltava de lesão depois de três meses. O PSG perdeu nos pênaltis depois de empatar por 2 a 2, e a final ficou na história pelo soco de Neymar, antes de receber a medalha de prata.

Concentrado, Neymar ainda rivaliza com Messi, Cristiano Ronaldo e, agora, Mbappé. Não é preciso ter obsessão por ser o melhor do mundo. Melhor é pensar quando a seleção poderá ser campeã mundial outra vez. Mesmo assim, Neymar já ouviu até de seus parças que tem três anos para ser destaque no futebol internacional.

Dá para aproveitar momentos de festa, como o réveillon na Bahia, desde que na hora de trabalhar faça o que mais sabe: jogar futebol.

Enquanto se discute se o Barcelona pode usar cláusula da Fifa para contratar o craque, o debate precisa ser sobre a capacidade de Neymar ser um jogador cobiçado. Passa por brilhar na Champions e preparar-se para uma grande Copa.

Neymar na final da Copa da França: cada vez mais armador
Neymar na final da Copa da França: cada vez mais armador
Neymar como meia junto com Sarabia é fórmula surpreendente
Neymar como meia junto com Sarabia é fórmula surpreendente

Novo lateral

Renan Lodi foi destaque do Atlético de Madrid na vitória sobre o Levante. Deu seu terceiro passe para gol em 23 partidas na Espanha. Prepara-se para ser titular da seleção brasileira com Tite. O Atlético está em terceiro lugar.

Olímpicos

A seleção olímpica trabalha com André Jardine e tem seis convocados de fora do Brasil. É pouco, mas fruto dos cinco chamados de clubes da Europa e não liberados. Mais do que falta de talento e trabalho, o maior problema é o êxodo.

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