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Jornalista e autor de "Escola Brasileira de Futebol". Cobriu sete Copas e nove finais de Champions.

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Tricolor a um passo do título inédito

Dorival Júnior conseguiu transformar o ambiente do vestiário

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O São Paulo passou as semanas anteriores à decisão da Copa do Brasil com largo debate interno. Equilibrar o talento com o Flamengo, melhor elenco do Brasil, ou manter a estrutura tática que o trouxe até aqui. Juntar James, Lucas, Calleri e Luciano ou combater mais com Rodrigo Nestor e Wellington Rato.

Não é popular dizer que a melhor versão é com Rato e Nestor.

Mas é. Por isso foi a opção do início da partida.

Por isso deu tão certo a ponto de o São Paulo quebrar uma escrita e ganhar do Flamengo pela primeira vez depois de sete partidas.

Nos dois casos, com James e Luciano, ou com Nestor e Rato, Dorival Júnior monta duas linhas de quatro para se defender e atua num WM no ataque: 3-2-5.

É como todo o mundo está jogando.

Wellington Rato combate Ayrton Lucas no Maracanã - Eduardo Anizelli/Folhapress

Rodrigo Nestor com Caio Paulista pela esquerda. Aos 16 minutos, a primeira chance concreta, cruzamento de Nestor para Calleri finalizar. Diz-se que o Flamengo precisava usar o corredor entre Rafinha, marcador de Bruno Henrique, e Arboleda. Acontece que Alisson tratava de diminuir o espaço para Gerson.

Tirando a pressão de Gerson no goleiro Rafael, no minuto 25, o Flamengo não ameaçou no início do jogo.

Quando se critica Jorge Sampaoli por ter colocado Thiago Maia como lateral e David Luiz como volante, contra o Athletico-PR, e levado uma surra de 3 a 0, parece certo criticar pelas escolhas de funções, para jogadores que não sabem executá-las.

O desenho tático do ataque foi o mesmo contra o Athletico e o São Paulo. Os equívocos, semelhantes. Impressionante como o Flamengo erra passes atualmente.

Como não consegue fazer seus jogadores mais talentosos resolverem em dribles, finalizações ou tabelas.

Mas segue sua rotina.

Sampaoli avisou na chegada que ataca no 2-3-5 ou no 3-2-5. O pecado é escolher jogadores incapazes de desempenhar funções. David Luiz jogou como volante no Chelsea e no Paris Saint-Germain. Não faz isso há anos.

Contra o São Paulo, jogou com Ayrton Lucas mais preso, Pulgar revezando-se na saída de três homens. Gerson deveria se infiltrar na meia esquerda, Bruno Henrique dando largura ao campo pela esquerda. Bruno Henrique tem sido a única coisa boa na Gávea.

No São Paulo, há mais pontos positivos.

Dorival Júnior conseguiu transformar o ambiente do vestiário, em comparação com Rogério Ceni. Diz com todas as letras aos seus jogadores que têm qualidade suficiente para ganhar títulos. Em vez de apontar para as deficiências em comparação com os rivais mais vencedores dos últimos anos, enfatiza o jogo coletivo.

Razão pela qual Rodrigo Nestor teve confiança para dar o passe tão perfeito para o gol de Calleri.

O jogo não passa apenas pelas escolhas de peças. Tem muito a ver com compromissos assumidos e sobre a crença do que é possível conquistar. Durante as últimas semanas, o Flamengo acreditou poder vencer o Athletico e recuperar-se no Brasileirão. Ao ser derrotado por 3 a 0 no meio de semana, amplificou uma crise que já era gigante.

O Tricolor foi diferente. Perder para o Internacional não era desejável. Era compreensível. A ambição sempre foi a Copa do Brasil. O trabalho é para conquistá-la na semana que vem, no Morumbi.

Sampaoli e o Flamengo montado no WM
Sampaoli e o Flamengo montado no WM - Folhapress
Dorival Júnior também atacando no 3-2-5
Dorival Júnior também atacando no 3-2-5 - Folhapress

Chato

O Botafogo não chutou nenhuma bola no gol do Atlético-MG. Não dá para afirmar que decisões de arbitragem sejam causadas pelo fato de a CBF preferir o campeonato atrativo até o final. É equivalente ao assistente do Palmeiras, João Martins, dizer que o sistema não quer o bicampeonato. Hora de parar. E de jogar!

Erros constantes

Uma frase nos bastidores da Vila Belmiro sobre Diego Aguirre substituir Joaquim após apenas um erro: "Ele não dava sequência". Imediatamente, pergunto: "Estamos falando sobre Diego Aguirre ou sobre Andrés Rueda?". O Santos trocou 8 técnicos, 6 diretores e contratou 25 jogadores em 30 meses!!!

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