Ricardo Araújo Pereira

Humorista, membro do coletivo português Gato Fedorento. É autor de “Boca do Inferno”.

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Ricardo Araújo Pereira

País oximorônico

Temos que expulsar todos os políticos, disse ele depois de produção insignificante

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A higiene é mesmo muito importante e a nossa sociedade precisa recuperar os antigos valores de limpeza e asseio que sempre a nortearam, disse ele no esgoto onde vive.

Chega deste ambiente em que uma pessoa sente que não pode dizer nada e há imposições formais ou informais que todos os dias nos constrangem a liberdade de expressão, especialmente nas escolas, onde se pretende subordinar o ensino a uma agenda ideológica, o que é horrível, disse ele antes de proibir uma lista de livros nas escolas.

Não se pode tolerar mais a inaceitável cultura de corrupção e nepotismo que domina o país e o impede de se desenvolver, criando desigualdade de oportunidades entre as pessoas, disse ele antes de ponderar nomear o seu filho embaixador.

Temos de expulsar todos esses políticos sem ética de trabalho, preguiçosos que vivem do dinheiro do Estado durante anos e não fazem nada para servir verdadeiramente ao povo, disse ele depois de 30 anos de produção legislativa absolutamente insignificante.

Ilustração de uma mão com sangue nas pontas dos dedos polegar e indicador que estão encostados. Na frente, há confetes coloridos e um texto "Ela queria um furo. Ela queria dar o furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço contra mim" Bolsonaro 18.02.20
Luiza Pannunzio/Folhapress

Toda a sociedade deve insurgir-se contra as notícias falsas, que são um perigo para a democracia, e a imprensa deve estar atenta e fazer um trabalho mais sério, escreveu ele antes de ajudar a disseminar notícias falsas nas suas redes sociais.

Como é possível tolerar certos esquerdopatas, apoiadores de ditaduras, que desejariam impor no país um regime autoritário violento?, perguntou ele ao mesmo tempo em que elogiava um regime autoritário violento e homenageava os seus torturadores.

O regime venezuelano atenta contra os valores democráticos, e isso é particularmente evidente no modo como controla a comunicação social, disse ele no dia em que ameaçou dificultar o processo de renovação da licença de emissão do principal canal televisivo.

É preciso retomar a antiga moral e os bons costumes, o respeito e a decência cristã, o comportamento digno e educado, disse ele antes de fazer uma alusão à vagina de uma jornalista, e um ataque à sua honra, por meio de um trocadilho com a palavra “furo”.

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