A participação brasileira na Feira de Frankfurt, em outubro, rendeu mais em termos de negócios fechados que as últimas edições presenciais do mais relevante evento de livros do mundo, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro.
Foram US$ 928 mil em novos contratos, um valor que se refere tanto à venda de obras físicas como de direitos autorais para compradores estrangeiros. O número supera o da feira de 2019, que rendeu US$ 890 mil, e o de 2018, US$ 700 mil, o que aponta para uma trajetória ascendente.
"Eu esperava ficar no patamar de três anos atrás, mas sentimos que a feira estava boa, com as editoras fazendo muitos negócios, e o Brasil tinha muito material a oferecer", afirma Fernanda Dantas, gerente da Brazilian Publishers, entidade que é fruto de uma parceria da câmara com a ApexBrasil voltada à exportação de conteúdo editorial brasileiro.
A instituição levou 21 editoras do Brasil à Alemanha, quantidade menor que em 2018 e 2019 —que ficaram na casa das 30 editoras—, mas a viagem resultou em 170 novos contatos comerciais com representantes estrangeiros.
Dantas afirma que os números vêm de um investimento crescente em comunicação em canais internacionais nos últimos 15 anos, que tem tido sucesso em mostrar ao mundo uma vitrine do que o Brasil anda publicando.
LUA DE MEL A Record vai publicar o romance vencedor do último prêmio Booker, "The Seven Moons of Maali Almeida", ou as sete luas de Maali Almeida, de Shehan Karunatilaka. Foi o primeiro romance do Sri Lanka a ganhar este que é um dos reconhecimentos literários de maior prestígio no mundo, contando a história mágica de um fotógrafo que tenta solucionar o mistério da própria morte. É o segundo ano seguido em que a Record arremata o ganhador do Booker —este ano, foi pela editora que saiu "A Promessa", de Damon Galgut.
COMO O DIABO GOSTA José Paulo Netto, professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, compõe um extenso panorama da vida de Bocage no inédito "Da Erótica, Muito Além do Obsceno", um estudo alentado que oferece uma leitura marxista da obra deste autor português que, para parte da crítica, é um poeta tão fundamental quanto Camões. Sai pela Boitempo ainda neste ano.
FLORES, VOTOS E PALMAS E o pesquisador João Roberto Faria, professor titular aposentado da Universidade de São Paulo e uma das principais referências nos estudos de artes cênicas no país, publica este mês pela Perspectiva o livro "Teatro e Escravidão no Brasil" —em que resgata como os embates abolicionistas se refletiram nos palcos na segunda metade do século 19.
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