No Rio, desabamento de três prédios em 2012 ainda não tem culpados

Colapso de edifícios no centro deixou 19 mortos e três desaparecidos

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Rio de Janeiro

Seis anos depois, o desabamento de três edifícios no centro do Rio ainda não tem culpados. Em 2017, os apontados pelo Ministério Público como responsáveis pela tragédia foram absolvidos em segunda instância por falta de provas.

O acidente ocorreu no dia 25 de janeiro de 2012 na avenida Treze de Maio, no centro da cidade, e deixou 19 mortos e três desaparecidos. As investigações apontaram que uma obra no Edifício Liberdade, o maior deles, foi a causa do problema.

Três prédios desabaram no centro do Rio em 2012, cobrindo a região com poeira e entulho
Três prédios desabaram no centro do Rio em 2012, cobrindo a região com poeira e entulho - Ernesto Carriço - 25.jan.2012/Agência O Dia

Localizado atrás do Theatro Municipal do Rio, o edifício Liberdade tinha 20 andares. As obras haviam sido feitas pela TO Tecnologia Organizacional no nono andar. Segundo a denúncia da Promotoria, a retirada de diversas paredes contribuiu para o colapso estrutural da construção.

A Justiça aceitou denúncia contra o sócio e administrador da TO, Sérgio Alves de Oliveira, e uma funcionária da empresa, Cristiane do Carmo Azevedo. Em 2015, eles foram absolvidos por insuficiência de provas. 

Para a Justiça, outros fatores, como obras do metrô na década de 1970 ou a construção de novos andares sobre o projeto original podem ter contribuído para o colapso estrutural. 

Em 2017, a decisão foi confirmada pela segunda instância. O Ministério Público informou na época que não poderia mais recorrer. Uma associação de vítimas criada após o acidente também não recorreu.

Com o desabamento do Edifício Liberdade, também foram ao chão os vizinhos Edifício Treze de Maio e Edifício Colombo, com quatro e dez andares, respectivamente. Todos os três eram prédios comerciais, ocupados por escritórios e consultórios médicos.

SALVADOR

Em março deste ano, um prédio de três andares desabou em Salvador matando quatro pessoas da mesma família, incluindo um bebê. Localizado no bairro de Pituaçu, o prédio havia sido construído há dois anos, mas não tinha alvará e foi erguido em uma área de invasão.

O desabamento foi motivado pelas fortes chuvas que atingiram a capital baiana, que fizeram a terra ceder, provocando colapso na estrutura do prédio. ​

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