Há 60 anos Paulo Antonio Vieira Marcondes concluía o curso de medicina no campus da USP em Ribeirão Preto, na primeira turma de médicos formada pela instituição. Apesar de ter herdado a profissão do pai, Dr. Paulo ou Dr. Marcondes, como era chamado pelos conhecidos, amava seu ofício e o realizava com afinco.
Dedicado, manteve por meio século seu consultório no bairro Casa Verde, na zona norte de São Paulo. Também foi diretor do Hospital Menino Jesus e da Maternidade Vila Nova Cachoeirinha. O médico não parou nem mesmo quando se aposentou há dez anos. Procurado pelos antigos pacientes, não negava seus cuidados e orientações.
Para Marcondes, que atuava como clínico geral e pediatra, o atendimento ao paciente era mais do que uma simples avaliação física. Ele gostava de conversar e cuidar da parte emocional, pois dizia que o psicológico era fundamental no processo de recuperação de uma pessoa doente.
Nascido na cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, veio ainda criança com os pais para a capital paulista.
Conheceu a jovem Neuza em outubro de 1950, no corrimão dourado do antigo Mappin, no centro de SP. O encontro no famoso ponto de paquera da época acabou em casamento e 68 anos de convivência.
Marido e pai atencioso, Paulo pregava a importância da família e atuou por 45 anos na Escola de Pais do Brasil. Seu objetivo era ajudar outros pais na educação de seus filhos. Também fundou o Movimento Renovação com foco na melhoria dos relacionamentos familiares.
Morreu no dia 7 de agosto, aos 85 anos, em decorrência de problemas pulmonares. Deixa a esposa, quatro filhos e nove netos.
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