Descrição de chapéu Rio de Janeiro

França anuncia desejo de ajudar na restauração do Museu Nacional

Macron diz que vai enviar especialistas na área para reerguer prédio

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Abu Dhabi | AFP

A França anunciou que está disposta a contribuir para a restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído no domingo (2) por um incêndio.

Por meio de sua conta no Twitter, o presidente Emmanuel Macron disse que vai disponibilizar especialistas do país para ajudar na reconstrução do prédio. “O incêndio do museu do Rio é uma tragédia. É uma história e uma grande memória que vai para as cinzas”, escreveu.

O ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, reforçou o compromisso do mandatário europeu. “No momento em que todo o Brasil está comovido, a França está disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional", afirmou ele, em discurso no museu do Louvre Abu Dhabi, inaugurado em 2017.

"Eu desejo fazer um preâmbulo para expressar a solidariedade das autoridades francesas ante o trágico incêndio que devastou no domingo outro lugar cultural de exceção", disse Drian.

"O Museu Nacional do Rio de Janeiro é uma das joias do Brasil. Abrigava coleções de paleontologia, artefatos greco-romanos, uma coleção egípcia e o fóssil humano mais antigo descoberto no Brasil", recordou o ministro francês.

"Como o Louvre, este é um símbolo de diálogo das culturas. Com as chamas, desapareceu uma parte da memória da humanidade".

ACERVO PRECIOSO

Criado em 1818 por dom João 6º e instalado desde 1892 no antigo palácio imperial de São Cristóvão, o Museu Nacional era o maior museu natural e antropológico da América do Sul, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca de mais de 530.000 títulos.

A vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, explicou que por trás da tragédia estão "a falta de dinheiro e uma burocracia muito grande".

O museu era particularmente conhecido por seu rico departamento de paleontologia, com mais de 26.000 fósseis, incluindo o esqueleto de um dinossauro descoberto em Minas Gerais e inúmeros espécimes de espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres dentes-de-sabre.

Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, conhecido como "Luzia", que também está sob os escombros e ainda não foi localizado.

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