Domingo chuvoso faz São Paulo ultrapassar média esperada para setembro

Nebulosidade diminui na cidade nesta terça, mas ainda pode chover à tarde

São Paulo

Depois de um período de tempo seco e sem chuvas, a capital paulista fechou o mês de setembro com o índice pluviométrico acima da média prevista. Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo (CGE) choveu na cidade o equivalente a 87,6 milímetros, número 27% acima dos cerca de 70 milímetros que eram esperados.

Apesar de ter chovido em nove dias do último mês, o resultado, em parte, foi atingido por conta das fortes chuvas registradas no município no domingo (30). Somente durante o dia foram acumulados 27,3 milímetros de chuva, que representam 40% do total do mês.

Para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) a chuva do fim de semana foi a mais volumosa desde março de 2018. No Mirante Santana, na zona norte, o acumulado chegou a 95,8 milímetros, o maior patamar desde que esse ponto de verificação pluviométrica entrou em funcionamento no primeiro trimestre do ano.

Como a instabilidade do tempo se estendeu até o início da semana, o mês de outubro também começou chuvoso, tendência que deve ser manter durante a primavera. As temperaturas, no entanto, devem ficar acima da média e a previsão é de que as chuvas alcancem a média dos últimos anos ou que tenham frequência um pouco maior. 

Em outras áreas do estado, como o litoral, haverá passagem de várias frentes frias nas próximas semanas, mas que devem influenciar apenas as regiões mais próximas ao mar.

A nebulosidade diminui nesta terça (2), o sol aparece ao longo do dia e a máxima pode chegar a 30ºC na capital paulista. Entre o meio e o fim da tarde podem ocorrer pancadas isoladas e de curta duração.

Abastecimento de água

Mesmo com um registro mais positivo em setembro a cidade de São Paulo mantém um déficit de precipitação. Somados os resultados pluviométricos dos primeiros nove meses do ano, deixou de chover ao menos 210 milímetros.

Mostra dessa ausência de chuvas está evidente no sistema Cantareira, que continua em estado de alerta. De acordo com o mecanismo de controle da Sabesp, o sistema registrava 33,9% de sua capacidade nesta segunda (1).

Segundo projeções feitas pela Folha, divulgadas em 31 de julho, o maior reservatório de água da Grande São Paulo tem fôlego suficiente para manter seu abastecimento até outubro de 2019, sem recorrer ao volume morto, que é a porção de água que fica abaixo dos túneis de captação das represas do sistema.

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