Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Polícia descarta crime planejado contra deputada que teve carro baleado

Martha Rocha (PDT-RJ) teve o carro interceptado por bandidos no domingo (13)

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio descartou nesta quarta-feira (16) que a deputada estadual Martha Rocha (PDT-RJ) tenha sido vítima de uma tentativa premeditada de assassinato. 

No último domingo, o carro em que ela, sua mãe e seu motorista estavam foi interceptado por criminosos, atingido por tiros e perseguido na Penha, zona norte do Rio. 

O caso ocorreu por volta das 9h, depois que a deputada buscou sua mãe de 88 anos em casa para levá-la à missa. Segundo Martha Rocha, que é ex-chefe de Polícia Civil do Rio, no caminho da igreja, um veículo branco encostou na traseira do seu e um homem de roupas pretas, luvas e capuz, colocou o corpo para fora da janela e disparou com um fuzil. 

Martha Rocha em entrevista coletiva na sede da polícia civil - Folhapress

O motorista da deputada, que é subtenente da reserva da PM, acelerou com o carro e chegou a ser perseguido pelos criminosos até a avenida Brasil, uma das vias mais importantes da cidade. Mais a adiante, ele conseguiu despistar os agressores.

No relato de Martha Rocha, seu carro, que era blindado, só parou de andar porque dois pneus tinham sido perfurados e porque o motorista havia sido ferido no tornozelo direito. Ele foi levado ao hospital, tratado e liberado no mesmo dia. A deputada e sua mãe não sofreram ferimentos. 

No domingo, a deputada declarou que em novembro passado recebeu a informação de que havia três notícias de ameaça de morte contra ela relatadas ao Disque Denúncia. As ameaças, disse ela, teriam partido de "setores da milícia", sem dar maiores detalhes. O governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), prometeu pronta resposta da polícia sobre o caso. 

Nesta quarta-feira, o delegado titular da Delegacia de Homicídios, Giniton Lages, afirmou que está descartada a hipótese de uma tentativa premeditada de assassinato. Ele disse que o caso teria sido uma tentativa de latrocínio, que é o roubo seguido de morte.

"Com 72 horas [do fato ocorrido], a polícia não tem dúvida nenhuma de que não se trata de tentativa de homicídio", disse Giniton Lages, delegado titular da DH. 

Segundo o delegado, ao menos três pessoas participaram da ação. Dois atiradores dispararam com um fuzil calibre 5.56 e uma pistola .40 no ataque. A polícia tenta obter imagens dos arredores para confirmar a participação de um quarto suspeito. 

O jornal O Globo divulgou na terça-feira (15) que a polícia havia identificado pelo menos cinco assaltos com as mesmas características na região neste mês. A polícia diz ter visto nas imagens do dia do crime contra a deputada que seu carro não estaria sendo perseguido, o que seria um elemento que afastaria da tese de atendado premeditado.

O delegado afirmou que inicialmente o caso seria uma tentativa de assalto, mas como houve disparos contra o carro e perigo de vida às vítimas, o caso será enquadrado como tentativa de latrocínio. 

A deputada evitou comentar em detalhes as conclusões da polícia. Disse apenas que mantém sua rotina de parlamentar, comparecendo aos trabalhos na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio). O governador determinou escolta armada 24 horas para a deputada.

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