Descrição de chapéu Obituário Celio Gurfinkel Marques de Godoy (1965 - 2019)

Mortes: Leitor voraz de jornais, colecionava histórias recortadas

A leitura assídua de jornais e revistas ajudou Celio a passar em direito e filosofia na USP

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São Paulo

Desde a adolescência, a companhia mais frequente de Celio eram as letras impressas. Jornais, revistas, livros. Ele lia tudo o que estivesse por perto. Quando gostava demais de alguma história, recortava e guardava em um arquivo particular. 

Foi assim que se preparou para ser aprovado em direito e filosofia na USP. Natural de São Paulo, Celio não era conhecido como o melhor aluno da turma na escola, mas sempre dizia que foi o conhecimento que ganhou nas leituras que o ajudou a entrar na faculdade. 

Celio Gurfinkel M. Godoy, advogado e leitor voraz de jornais
Celio Gurfinkel M. Godoy, advogado e leitor voraz de jornais - Arquivo pessoal

Assinava os principais jornais diários nacionais, revistas, leu todos os volumes de “Em busca do tempo perdido” do escritor francês Marcel Proust, gostava das ideias de Friedrich Nietzsche, Baruch Espinoza e das crônicas de Luis Fernando Veríssimo. 

Segundo a irmã, Sara, o hábito da leitura voraz veio do avô, um russo nascido na cidade de Rogiej que veio para o Brasil um pouco antes da Segunda Guerra Mundial, e fez com que Celio se tornasse um autodidata de idiomas. Aprendeu cinco línguas por conta própria - francês, inglês, alemão, espanhol e hebraico - e tentou se aventurar pelo árabe. 

“Ele era muito humilde, explicava as coisas com calma, boa vontade, nunca com arrogância. Nunca achava que sabia mais que os outros. Ele tinha muita empatia com o próximo, principalmente com as pessoas mais próximas”, conta a irmã. 

Celio exerceu a advocacia durante boa parte da vida, trabalhando na área criminal e outras. Ele também trabalhou como corretor de imóveis. Curiosamente, segunda a irmã, nunca falou se teria vontade de ter sido jornalista. 

No dia 13 de janeiro, ele morreu em decorrência de um AVC, enquanto passava férias em Maceió. Celio tinha 53 anos e deixou os três irmãos. 


coluna.obituario@grupofolha.com.br

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