Descrição de chapéu Obituário Tatiane Penha Losa (1987 - 2019)

Mortes: A jovem que mobilizou milhares com seu coração

Tatiane estava havia dois anos na fila de espera para um transplante

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O coração de Tatiane Penha Losa era maior do que o normal. Milhares de pessoas souberam quando ele parou de bater. A notícia da jovem que morreu na fila de espera de transplante mobilizou mais de 150 mil pessoas em rede social. 

Dois anos se passaram desde que entrou para a fila em 2017, em 46° lugar. Chegou à décima posição. “Ela sempre acreditou que receberia um novo coração”, disse sua mãe Ércia, 49.

Até os 17, Tatiane, de São Paulo, só havia tido bronquite, uma “doença de criança” segundo Ércia. Quando estava perto de fazer 18, sentiu muito cansaço depois de subir um lance de escadas na volta da igreja com a mãe. 

 
Tatiane Penha Losa faleceu na fila do transplante de coração
Tatiane Penha Losa faleceu na fila do transplante de coração - arquivo pessoal


O diagnóstico foi de arritmia e miocardiopatia hipertrófica, quando o coração aumenta e suas paredes engrossam, dificultando o bombeamento de sangue para o corpo. Seguir sua vida, no entanto, era mais importante do que a doença. 

Tinha algumas limitações, não podia fazer academia, mas trocava exercícios por viagens a Paris, Londres, Miami e Nova York. Sem contar as cidades de praia no Brasil, como Jericoacoara e Trancoso. Verão era sua estação preferida. 

“Minha filha gostava de viver bem”, conta Ércia. Tatiane e três amigas tiravam fotos dos pratos que pediam nos mais variados restaurantes de São Paulo. Deram à página o nome de “Restomaníacas”. Em casa, inventava receitas de macarronada com o pai.

Colocou marcapasso em 2014 enquanto seguia com remédios. Fez duas graduações, formou-se em publicidade e em administração. Trabalhou com o pai durante dez anos -o escritório da família foi transferido para casa. 

Animou-se quando soube que teria um novo coração. Viajou para Miami em dezembro de 2018 com sua família e sua cachorra Sissi. Estava confiante que seu transplante seria no segundo semestre de 2019. 
Foi internada no dia 13 de março. Estava fraca por conta do problema no coração e morreu de uma infecção em 1° de abril aos 32 anos.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.