Covas remarca para agosto leilão de privatização do Anhembi

Novo edital será publicado nesta sexta (12) atendendo exigência do TCM

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo remarcou para o dia 16 de agosto o leilão de privatização da SPTuris, empresa oficial de turismo e eventos da cidade, que administra o Anhembi.

O novo edital será publicado na sexta-feira (12) pela gestão Bruno Covas (PSDB) no “Diário Oficial do Município” e atenderá a exigência do Tribunal de Contas do Município (TCM) de estipular um valor mínimo de R$ 1,45 bilhão para a venda do complexo.

A prefeitura paulistana acatou a determinação, embora considere que a decisão do TCM se baseou em estudos inadequados feitos pelo Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) e que o valor mínimo fixado, na prática, inviabilizará a privatização.

”Vamos apresentar [o edital] para provar ao tribunal que o valor é inadequado”, afirmou à Folha na semana passada Mauro Ricardo, secretário de Governo de Covas . “A não ser que o Creci queira comprar o Anhembi por R$ 1,45 bilhão.”

Poderão participar do leilão empresas brasileiras e estrangeiras, bem como instituições financeiras e fundos de investimento em participações. Será declarado o vencedor aquele que oferecer o maior valor a ser pago pelo lote único das ações. 

O piso de R$ 1,45 bilhão é 36% ou R$ 522 milhões maior do que a avaliação mais otimista obtida pela prefeitura sobre o Anhembi, em estudo realizado pela Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS), empresa ligada ao governo paulista.

Em sua análise, a CPOS afirma considerar como “baixa” a atual condição de liquidez do Anhembi, considerando a situação da economia do país. Outro fator levado em conta para essa conclusão é o porte do Anhembi. Apenas um seleto grupo de incorporadoras teriam condições de entrar na disputa pela compra, de acordo com o trabalho.

Inaugurado por ocasião do Salão do Automóvel em 1970, o complexo tem cerca de 376,9 mil metros quadrados e é formado pelo Sambódromo, o Pavilhão de Exposições e o Palácio das Convenções. 

O eventual futuro comprador terá de preservar o Sambódromo e será obrigado, de acordo com a legislação, a abrigar o Carnaval e outros eventos de interesse da cidade em até 75 dias por ano.

No voto que baseou a decisão do colegiado do Tribunal de Contas do Município sobre o valor mínimo, o conselheiro Domingos Dissei afirmou que o Anhembi “é um dos mais valiosos e significativos ativos da cidade”.

Citando a localização privilegiada, afirmou que a operação é atrativa para o mercado. “Tenho convicção de que é um valor justo, considerando o interesse público e a efetiva busca do resultado mais vantajoso para a administração”. 

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