A paixão pela vida impulsionou o desejo da ginecologista e obstetra Olívia Maria Nassif Fernandes de ser médica. Formou-se na UEL (Universidade Estadual de Londrina).
O marido, o urologista Celso Fernandes Júnior, 65, lembra que ela se referia à medicina como uma forma de lidar com vidas, nunca com doenças ou mortes.
“Ela nasceu para isso. Às vezes, eu a ajudava nos partos. A cada criança que Olívia colocava no mundo, a primeira coisa que fazia era desejar boas-vindas. Muitas vezes, eu interferia porque havia procedimentos clínicos que precisavam ser feitos naquele momento, e dizia a ela para deixar as palavras para depois”, diz ele.
Familiares e amigos afirmam que Fernandes nasceu com o sorriso. Era alegre. Não havia situação que lhe tirasse o sorriso radiante. A impressão era de que não existia problema para ela.
As pessoas a descreviam como otimista e elegante.
Em cerca de 40 anos de medicina, fez mais de 5.000 partos, entre muitas gerações. Com um atendimento humanizado, era bem quista na cidade.
Considerava as pacientes quase como amigas, colocava-se à disposição e ajudava sempre que necessário. A medicina só reforçou o carinho e respeito que dispensou ao próximo.
Adorava esporte. “Ela foi atleta e ultimamente dedicava-se à pintura em cerâmica e porcelana”, diz o marido.
“Olívia deixa um legado de amor importante, um exemplo a ser seguido como pessoa, mãe e médica.”
Olívia Maria Nassif Fernandes nasceu e morreu em Londrina (PR), aos 68 anos, de infarto. Deixa esposo e dois filhos.
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