Descrição de chapéu Obituário Melany Schvartz (1941 - 2020)

Mortes: Psicanalista, foi intensa na busca pela verdade

Melany Schvartz foi membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

A família de Melany Schvartz fora marcada pelo holocausto, o que a fez eterna solidária daqueles que sofrem.

Filha de judeus, Melany nasceu em São Paulo e viveu a infância na Bela Vista (região central).

Movida principalmente por aliviar o sofrimento humano, escolheu as carreiras de psicóloga e psicanalista. Formou-se na USP, onde também fez mestrado e doutorado.

Melany Schvartz (1941-2020)
Melany Schvartz (1941-2020) - Arquivo pessoal

De aluna, passou a professora —atividade que exerceu durante 20 anos. Orientou teses e participava de bancas. Todos a conheciam como uma professora querida, pois era ela quem introduzia os alunos da graduação e pós-graduação ao estudo da psicanálise.

Quando se aposentou, Melany dedicou-se integralmente a seu consultório.
Ela também foi membro efetivo da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo.

Segundo a filha, a psicóloga Cintia Freller, 58, sua marca foi a busca pela verdade e a sinceridade, que muitas vezes chegava a incomodar. Apontava o que via de hipocrisia e problemas.

De esquerda, envolveu-se com as questões políticas. Preocupada com a desigualdade social, tinha comprometimento e paixão por ajudar as pessoas a diminuírem o sofrimento.

A leitura era seu programa preferido num ranking de cultura invejável. Depois, vinham o cinema e a música clássica. Foi uma avó importante na formação dos netos por introduzi-los no universo da cultura com passeios a exposições, ao teatro e ao cinema.

Um dos netos, o cientista político Felipe Freller, 29, diz que ela era muito amiga. “Minha avó se preocupou com o nosso desenvolvimento humano, emocional, espiritual e intelectual.

Quis acompanhar a nossa evolução de perto. Nos ensinou a olhar para a vida e para suas múltiplas dimensões para vivermos com intensidade e com a preocupação de crescer e desenvolver em todas
as direções”, diz Felipe.

Melany Schvartz morreu dia 2 de abril, aos 78 anos, de infarto agudo do miocárdio. Divorciada, deixa dois filhos, o genro, dois netos e as esposas.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.