Descrição de chapéu Coronavírus

Com 372 pacientes na fila por UTI, prefeitura inaugura segundo hospital de campanha no Rio

Inicialmente, por falta de equipamentos, apenas 20% dos leitos estarão disponíveis

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Rio de Janeiro

A prefeitura do Rio inaugura nesta sexta-feira (1°) o segundo hospital de campanha da cidade para tratar pacientes do novo coronavírus. Inicialmente, por falta de equipamentos, apenas 20% dos leitos estarão ativos, sendo 20 de UTI e 80 de enfermaria. A unidade fica no Riocentro, na zona oeste da cidade.

O primeiro hospital, anunciado pelo governo estadual, foi aberto há cerca de uma semana no Leblon, na zona sul. A unidade prevê 200 leitos, mas por enquanto apenas 50 estão ativos.

Os 100 leitos disponíveis no hospital do Riocentro já começarão a ser ocupados nesta sexta-feira. Os demais 400, segundo a prefeitura, serão ativados progressivamente, conforme a chegada, na próxima semana, de respiradores comprados da China. Dos 500 leitos, 100 serão de UTI.

Hospital de campanha da Prefeitura inaugurado nesta sexta-feira (1°) no Riocentro, zona oeste do Rio
Hospital de campanha da Prefeitura inaugurado nesta sexta-feira (1°) no Riocentro, zona oeste do Rio - Marcos de Paula/Prefeitura do Rio

Os 20 leitos intensivos liberados nesta sexta correspondem a menos de 10% da demanda do estado. Até o momento, 372 pacientes com sintomas ou confirmação da Covid-19 aguardam para ser transferidos para leitos intensivos.

A capacidade de absorção de novos pacientes na rede pública do Rio está quase esgotada. Todos os leitos destinados para Covid na rede estadual estão ocupados, com exceção do hospital de campanha do Leblon, que tem quatro vagas, e do Hospital Regional Zilda Arns, que tem taxa de ocupação de 85% na enfermaria e de 86% na UTI.

Mais de 1.000 pessoas infectadas pelo novo coronavírus estão internadas na rede pública da capital.​

O hospital de campanha da prefeitura, inaugurado nesta sexta, teve suas obras concluídas no dia 19 de abril. Na ocasião não foi possível receber pacientes porque não havia equipamentos e funcionários suficientes para operar os leitos.

A RioSaúde, empresa municipal responsável pela gestão do local, ofereceu 2.000 vagas temporárias, sendo 463 para médicos, dentro de um processo de contratação para o combate à epidemia que soma 5.000 vagas.

O prefeito Marcelo Crivella chegou a dizer que conversou com prefeitos de outras cidade e com governadores de estados menos impactados para levar médicos ao Rio, custeando sua estadia em hotéis.

Nesta sexta, Crivella afirmou que o hospital de campanha ainda precisa de 260 médicos. "Os profissionais que puderem fazer 44 horas por semana vão receber salário de R$ 21 mil. Quem quiser fazer um turno só de 12 horas vai ganhar R$ 6 mil", disse.

O hospital de campanha do Riocentro será o maior do estado, com 13 mil metros quadrados de área construída. O espaço contará com mais de 2.000 profissionais de saúde, um centro de imagem e três salas operatórias. A prefeitura investiu R$ 10 milhões na implantação da unidade, que custará por mês R$ 25 milhões, entre custeio e folha de pagamento dos profissionais.

O governo do estado ainda irá inaugurar mais oito hospitais de campanha e uma estrutura modular. O próximo hospital a ser aberto deverá ser o do Maracanã, nos primeiros dias de maio, com 400 leitos, sendo 80 de UTI.

Os demais 1.400 leitos, segundo o governo, serão ativados de forma gradativa, conforme a evolução da pandemia.

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