Descrição de chapéu Obituário Silvio Luiz Pinhatti (1959 - 2020)

Mortes: Dedicou uma vida de amor pelas fotografias

Silvio Luiz Pinhatti foi um dos pioneiros no país a se dedicar às ampliações de fotos analógicas

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Juliana Mesquita
São Paulo

Apaixonado pelo trabalho que desenvolvia há cerca de 40 anos, Silvio Luiz Pinhatti foi um dos primeiros no país a investir na reprodução de fotografias Fine Art. Fez ampliações de fotos analógicas como poucos profissionais no Brasil.

“Eu tenho clareza da importância de um trabalho como o do Silvio, que conhece o meio da fotografia, que tem apreciação criativa, estética e que se dedica”, diz Sergio Burgi, amigo e coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles.

Com a chegada da foto digital, Pinhatti adaptou seu trabalho de forma impecável, mas não deixou a analógica de lado.

Silvio Luiz Pinhatti (1959-2020) e sua esposa Cláudia
Silvio Luiz Pinhatti (1959-2020) e sua esposa Cláudia - Arquivo pessoal

Nascido em Rio Claro (180 km de São Paulo), mudou-se para São Paulo onde, na década de 1990, abriu seu laboratório fotográfico, localizado em Pinheiros, zona oeste da cidade.

Seus amigos e familiares o admiravam pelo cuidado com que tinha com suas obras.

“Ele era muito querido no meio porque o trabalho dele era garantido. Ele era muito incisivo naquilo que queria, muito perfeccionista. Às vezes ele falava que era até chato de tão perfeccionista”, relembra Cláudia, esposa de Pinhatti.

Entre milhares de trabalhos feitos por Silvio, destaca-se a exposição retrospectiva da fotógrafa Maureen Bisilliat, organizada pelo Instituto Moreira Salles Paulista, na galeria de arte do Sesi-SP. Ele foi responsável pela impressão de grande parte das obras da artista.

Além disso, trabalhou com grandes fotógrafos como Mário Cravo Neto, que era seu amigo, Nair Benedicto, Claudia Andujar e Araquém Alcântara.

No começo de carreira, Silvio gostava de fotografar artistas. Segundo a esposa, ele sempre estava presente nos camarins e teve oportunidade de trabalhar com nomes como Ney Matogrosso e Milton Nascimento.

Na vida pessoal, era considerado um paizão para Francisco, 11, fruto de seu casamento anterior com Ana Lima Cecilio.

“Ele teve o Francisco quando já tinha 50 anos, então era a paixão da vida dele. O Francisco é super do futebol por conta do Silvio, super palmeirense. Eu sou corintiana, mas ele virou palmeirense louco por causa do pai.”

Silvio Luiz Pinhatti morreu no dia 24 de dezembro, aos 61 anos, por complicações de Covid-19. Deixa a esposa, filho e amigos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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