Descrição de chapéu Obituário Gertrudes Bernardes da Silva Martins (1923 - 2021)

Mortes: Amiga de Chico Xavier, dona Tudinha ensinou o amor

Dona Tudinha criou fortes laços de amizade com o médium

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São Paulo

Os laços de amizade são eternos. Parece um clichê, mas não é. A amizade do casal Aristóclides Martins da Silva e Gertrudes Bernardes da Silva Martins, ou dona Tudinha, com o médium Chico Xavier comprova tal afirmação.

O primeiro contado entre eles ocorreu em 1948, com o adoecimento de Aristóclides, aos 27 anos. Aconselhada por um amigo, Tudinha escreveu uma carta a Chico Xavier, que respondeu com uma receita. O marido curou-se e os dois passaram a visitá-lo frequentemente.

“Meus pais e o Chico ficaram muito amigos. Eles desenvolveram a mediunidade e viraram trabalhadores no centro em Uberaba”, conta a filha Scheilla Martins da Silva Hernandes, 56.

Gertrudes Bernardes da Silva Martins (1923-2021)
Gertrudes Bernardes da Silva Martins (1923-2021) - Arquivo pessoal

Seu nome foi dado pelo próprio médium em referência ao espírito de luz que ditou alguns livros a ele. “Até hoje não durmo sem um cobertor de flanela que ganhei de Chico quando criança”, relata.

Outro filho, Rivail, foi batizado com o sobrenome de Allan Kardec, propagador da doutrina espírita. Allan Kardec era pseudônimo adotado por Hippolyte Léon Denizard Rivail.

Tudinha nasceu em Igarapava (a 446 km da capital paulista) e teve uma infância simples e sofrida. Casou-se com o primo de primeiro grau e deu à luz oito filhos —dois já falecidos.

Atualmente, morava em Taquaritinga (a 334 km de SP). Lá, suas histórias com o médium eram famosas.

Segundo Scheilla, sua irmã Anatilde morreu aos 32 anos, quando se internou para um tratamento no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (a 313 km de SP), mas a causa nunca foi descoberta pelos médicos. Chico psicografou e entregou à Tudinha uma carta escrita pela jovem onde revelava que o motivo da morte havia sido meningite.

Grandeza de alma resume dona Tudinha, que colocava amor em seus feitos, orava pelas pessoas e sempre proferia palavras de otimismo e fé. Dizia aos quatro cantos que aprendera lições de amor com o amigo Chico Xavier.

Aos 97 anos, seu estado de saúde já apresentava fragilidades. No dia 16 de abril, dormiu e não acordou.

Antes de encontrar o velho amigo, Tudinha pediu que em seu velório não houvesse flores, mas que as pessoas levassem alimentos para serem doados aos carentes. Viúva, deixa seis filhos, netos e bisnetos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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