As duas lutas contra a Covid-19 da vida do atleta Madjer Okde foram perdidas: em abril, morreu seu pai Antônio Marcos Nunes; no dia 8 de maio, foi sua vez.
Aos 30 anos de idade, saudável e sem comorbidades, o atleta encerra uma carreira cheia de alegrias e conquistas.
Madjer era faixa preta em jiu-jítsu e marrom em kickboxing, além de modelo.
No jiu-jítsu, foi bicampeão brasileiro, vice-campeão mundial em San Francisco (EUA) em 2015 e oito vezes campeão estadual em Mato Grosso.
Madjer ministrou aulas de jiu-jítsu como professor voluntário do Coletivo Cuiabá, projeto social voltado a crianças carentes.
A vice-presidente da entidade, Mayara Roder, disse que Madjer ensinou conceitos importantes aos alunos.
“Além de incentivar a prática esportiva, ele explicava às crianças a importância das derrotas para aprendermos com os erros, sempre com bom humor e muito carinho. Por isso era tão querido pelas crianças”, afirma.
Semanalmente, os sábados pela manhã eram dedicados às crianças, a quem nunca deixou na mão.
O atleta chegou a ficar quase 20 dias internado. Com a piora, foi intubado e não resistiu às complicações da doença. Ele deixa uma filha.
O lutador fazia parte da equipe Alliance Jiu-Jítsu CBA, que o homenageou em uma rede social.
“Você apenas foi na frente. Encontrou com o destino que todos nós encontraremos em breve. Obrigado Madjer! Nosso querido Zoio. Honraremos sua amizade e dedicação. Bom pai, bom filho e fiel aos amigos”, diz o texto.
“Ele era muito atencioso com os amigos e estava sempre pronto para ajudar”, afirma Mayara.
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