Turistas enfrentam trânsito e praia lotada em Ilhabela (SP)

Após batalha até para estacionar, turistas curtem calor de 33ºC ao som de funk, sertanejo e samba

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Ilhabela (SP)

O turista que resolveu aproveitar esta segunda-feira de Carnaval (28) em Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, se deparou com um congestionamento digno do visto na capital paulista.

Por volta das 11h, não havia fila de espera na balsa. No entanto, assim que o motorista entrava em terra firme, ele se via em meio a um emaranhado de veículos, o que resultava em congestionamento na avenida Brasil, a principal via de ligação do centro para as praias do lado sul da cidade.

O trajeto de cerca de 3 km entre a saída da balsa e a praia das Pedras Miúdas, a primeira no sentido sul de Ilhabela, levou por volta de 40 minutos para ser feito.

Turistas aproveitam o dia de sol na praia das Pedras Miúdas, em Ilhabela, durante feriado de Carnaval - Adriano Vizoni/Folhapress

A falta de vagas potencializou o engarrafamento, já que muitos motoristas paravam em fila dupla na expectativa de que alguma vaga fosse aberta por banhistas que deixavam a faixa de areia. Com poucas vagas, muitos motoristas desistiram de esperar e foram buscar outros destinos.

Sob um calor de 33°C, centenas de banhistas procuraram a praia Grande. Com a faixa de areia reduzida típica da cidade, os turistas tiveram que disputar um pedaço onde pudessem colocar seus guarda-sóis. O mesmo panorama era observado na água, onde muitas pessoas buscavam se refrescar sob o sol escaldante.

Assim como em outras cidades do litoral paulista, as caixas de som portáteis animavam famílias, sendo possível escutar funk, sertanejo ou samba.

Trânsito em estrada de acesso no lado sul de Ilhabela, litoral de SP
Trânsito em estrada de acesso no lado sul de Ilhabela, litoral de SP - Adriano Vizoni - 28.fev.22/Folhapress

Entre os turistas que curtiam a praia Grande estava o casal Pedro Caprini, 29, e Luisa Oliveira, 33. "Todo mundo falava de Ilhabela, então a gente resolveu pegar uma praia, que não tem bloco", disse ele, que é arquiteto.

Já ela contou que preferia estar curtindo a folia de outro modo. "Preferia estar nos blocos que a prefeitura proibiu. Fica a indignação que a festa paga pode [ser realizada]."

Desde sábado na cidade, a única queixa do rapaz foi justamente quanto à dificuldade para estacionar em vagas públicas, já que as privadas, com preços entre R$ 20 e R$ 40, são em maior quantidade. "Tem que ter sorte para achar uma vaga ou chegar cedo", acrescentou.

Na praia do Curral, uma das mais visitadas pelos turistas, até mesmo os estacionamentos particulares estavam lotados, não comportando mais novos clientes. Manobrista, Lucas Matheus Fonseca, 38, explicou que as vagas vão sendo ocupadas conforme a tarde vai se aproximando. "Tem que chegar entre 9h30 e 10h. Se chegar meio-dia, já não tem vaga, vira um transtorno".

Na faixa de areia, três amigas vindas de Santa Bárbara d'Oeste, Campinas e Limeira, no interior paulista, relataram ter escolhido o litoral paulista como destino por causa do veto à folia carioca.

"A intenção era ir para o Carnaval no Rio de Janeiro, mas, como não teve, viemos para a praia", disse a administradora Brenda Ruiz, 25.

Antes mesmo que ela terminasse seu raciocínio, sua amiga Danielle Fioretin, 28, disse que ainda tem esperança de curtir o Carnaval no Rio. "Vamos deixar para ir em abril [quando está previsto o desfile das escolas de samba]", completou.

As jovens, que viajaram de moto, disseram não ter tido dificuldade em encontrar um local para estacionar.

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