Descrição de chapéu Obituário Edgar Reyes Junior (1968 - 2022)

Mortes: Aventureiro, entrou em um navio e zarpou para a Europa

Edgar Reyes Junior trabalhou com couros e depois se tornou professor universitário

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Em cima de uma pilha de tijolos e espiando pela janela uma sala de aula em que sua mãe dava aula. Foi dessa forma que Edgar Reyes Junior se alfabetizou sozinho quando ainda era criança.

Desde muito cedo já se percebia que ele era muito inteligente e que iria se sobressair, conta Chislene Cardoso, companheira de Edgar. Os dois se conheceram em 2004, inicialmente pela internet, e em 2005 se viram presencialmente pela primeira vez.

Homem com céu no fundoi
Edgar Reyes Junior (1968-2022) - Arquivo pessoal

Antes disso, no entanto, Edgar já tinha vivido bastante. Ainda quando era adolescente, estudou em uma escola de curtume, área que lida com o processamento de couros. Logo depois, conseguiu um trabalho, porém do outro lado do Atlântico, em Portugal.

"Ele embarcou em um navio porque tinha conseguido um emprego em Portugal, mas não tinha dinheiro para ir. Então ele conseguiu uma carona nesse navio", diz Chislene.

Na Europa, Edgar conheceu Marília Pinto, sua primeira esposa, e do relacionamento dos dois nasceu seu único filho, Fernando Pinto Reyes.

"Eu vou me lembrar sempre do sorriso dele. Ele sempre foi um homem muito brincalhão e divertido", afirma Fernando, que nasceu no Brasil e se mudou para Portugal depois da separação dos pais.

Quando já estava de volta ao Brasil, Edgar conheceu Chislene e eles começaram o relacionamento que durou até a morte dele.

No país, ele se formou em administração na Universidade Salgado de Oliveira e fez mestrado e doutorado na Unisinos.

Depois do doutorado, Edgar ingressou como docente na Universidade Estadual de Roraima e logo depois foi aprovado também para docência na universidade federal do mesmo estado.

No entanto, em 2013, Chislene foi aprovada em um doutorado na UnB (Universidade de Brasília) e se mudou para a capital federal. O administrador, então, prestou concurso para lecionar na universidade e conseguiu essa oportunidade.

"Ele foi muito encantado com pesquisa. De fato, se dedicava intensamente", afirma Chislene sobre a paixão de Edgar em seu trabalho.

O administrador faleceu em 27 de março em razão de um infarto fulminante do miocárdio. Ele deixa a companheira, um filho, um irmão, três irmãs, a mãe, quatro sobrinhas e um sobrinho.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.