Governo de SP assina concessão de parques Villa-Lobos e Água Branca

Locais passarão para a gestão privada em setembro; promessa é que continuarão com entrada grátis

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São Paulo

​O governo de São Paulo assinou nesta quarta-feira (10) a concessão dos parques Villa-Lobos, Candido Portinari e Água Branca, todos na zona oeste de São Paulo. O consórcio Novos Parques Urbanos assumirá os três locais a partir de setembro. O prazo contratual é de 30 anos.

O consórcio venceu o leilão para concessão dos parques no fim de março. Na época, o então governador João Doria (PSDB) afirmou que a proposta vencedora havia oferecido um valor de outorga fixa de aproximadamente R$ 62 milhões, resultando em um contrato de R$ 124,3 milhões —o valor corresponde à soma da outorga fixa mais os investimentos obrigatórios.

Ciclista no parque Villa-Lobos, na zona oeste de São Paulo; consórcio passa a administrar o local a partir do próximo mês - Zanone Fraissat - 1º.abr.22/Folhapress

A concessionária é composta pela empresa LivePark (que pertence ao DC Set Group), pelo Grupo Oceanic (que controla o Oceanic Aquarium, em Balneário Camboriú) e por mais quatro empresas dos setores de engenharia e construção, Turita, Era Técnica, Egypt e Pavienge.

Na cerimônia desta quarta, no Villa-Lobos, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) disse que a previsão é que nos primeiros seis anos sejam investidos R$ 46,9 milhões do total obrigatório.

A concessionária será responsável pela manutenção e modernização das estruturas existentes, ampliação da oferta de serviços como alimentação, lazer e do estacionamento, além de assumir os custos operacionais, por exemplo, de limpeza e vigilância patrimonial.

"São três parques que permanecem públicos e continuam com entrada gratuita, mas que passarão a ser geridos pela iniciativa privada para desonerar o poder público", disse Rodrigo.

Desde 2019, nove áreas verdes estaduais passaram a ser geridas pela iniciativa privada: Horto Florestal de Campos do Jordão, Zoológico/Zoo Safari, Botânico, Caminhos do Mar, Parque Cantareira e Parque Estadual Alberto Loefgren. Com os três parques que se juntam à lista, o total de investimentos mínimos somam R$ 390 milhões segundo o governo.

Em junho, a Folha mostrou que cerca de dois meses após o início de gestão privada, os frequentadores dos parques Horto Florestal e Floresta Cantareira, vizinhos na zona norte da cidade de São Paulo, passaram a pagar por atração, para estacionar o carro ou ainda até 58% a mais pela entrada. Por outro lado, novos serviços passaram a ser oferecidos, alguns deles pagos.

Após a concessão, a entrada do Museu Florestal Octávio Vecchi, o Museu Madeira, no Horto Florestal, que era grátis, passou a custar R$ 15.

Segundo o governo as ações da nova administração dos três parques da zona oeste que passaram para a gestão privada nesta quarta-feira, deverão seguir os planos-diretores e preservar as características históricas dos espaços, especialmente no caso do Água Branca.

Os conselhos consultivos continuarão auxiliando na gestão dos parques que, juntos, recebem 14 milhões de visitantes por ano.

De acordo com governo estadual, o concessionário não poderá cobrar ingresso para entrada nos parques. Em contrapartida, o contrato permite a exploração comercial do local com a locação de imóveis, eventos, além da arrecadação com os quiosques destinados à alimentação.

No parque Cândido Portinari, ao lado do Villa-Lobos, está prevista para ser inaugurada ainda este ano uma roda-gigante com 91 metros de altura e 42 cabines de observação com capacidade para até dez pessoas, com ar-condicionado.

O equipamento integra as ações para revitalização do rio Pinheiros e, segundo o governo, será oficialmente a maior da América Latina, superando as instaladas em cidades como Paris e Chicago. A estrutura terá iluminação cênica, projetada para interagir com a cidade.

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