Descrição de chapéu Folhajus

Justiça mantém prisão de 4 suspeitos da morte do ambientalista Ferrugem na Billings

Defesa diz que vai recorrer da decisão e que jovens colaboram com a polícia; laudo apontou que óbito foi causado por asfixia, não afogamento

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São Paulo

Os quatro jovens suspeitos da morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte, 41, conhecido como Ferrugem, vão permanecer presos. A decisão foi tomada pela Justiça após audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (25), que confirmou a prisão temporária decretada pelo prazo de 30 dias.

Vithorio Alax Silva Santos, 23, Mauricius da Silva, 23, Katielle Souza Santos, 28, e Mikaelly da Silva Souza Moreno, 19, estavam no barco com Ferrugem quando ele desapareceu na represa Billings, na noite do dia 1º de agosto, na região do Grajaú, zona sul de São Paulo. O corpo foi encontrado somente no dia 6 de agosto, removido pelo Corpo de Bombeiros nas proximidades do ponto em que havia desaparecido.

A defesa dos suspeitos diz que eles colaboram com a investigação desde o início e vai pedir a revogação das prisões. "A prisão deles se torna desnecessária", diz o advogado André Nino. Eles negam a acusação e dizem que houve um acidente.

Mikaelly da Silva Moreno, 19, Katielle Souza Santos, 28, Vithorio Alax Silva Santos, 23, e Mauricius da Silva, 23
Presos suspeitos pela morte do ambientalista Adolfo Souza Duarte: Mikaelly da Silva Moreno, 19, Katielle Souza Santos, 28, Vithorio Alax Silva Santos, 23, e Mauricius da Silva, 23 - Polícia Civil/Divulgação

Segundo depoimento do grupo logo após o ambientalista cair na represa, um dos amigos pagou R$ 55 para que todos pudessem ingressar na embarcação com Ferrugem e percorrer parte da represa como parte do passeio que o ativista promovia por meio de sua ONG, Meninos da Billings.

De acordo com os suspeitos, perto do fim do trajeto, houve um houve um solavanco, e Duarte e uma das passageiras caíram na água. A mulher conseguiu ser resgatada pelos outros tripulantes da embarcação. Duarte, por sua vez, sumiu.

O pedido de prisão partiu da delegada Jakelline Barros, do 101° DP (Jardim das Imbuias), após receber laudo do IML (Instituto Médico-Legal) que atestou que Ferrugem morreu por asfixia mecânica, não por afogamento.

Exame externo no cadáver detectou lesões na região do pescoço, com a possibilidade de a vítima ter recebido um golpe conhecido como gravata.

A Polícia Civil ainda apontou que os presos também apresentaram lesões aparentes, mas sem especificar se decorrentes de uma possível briga com o ambientalista ou após serem agredidos por conhecidos de Ferrugem na beira da represa.

A esposa do ambientalista, a manicure Uiara Sousa Duarte, 39, comentou a prisão dos quatro jovens. "Que seja feita justiça. Que eles paguem pelo que fizeram".

A família de Ferrugem já suspeitava de que a morte dele havia sido um crime. Adolfo Souza Duarte sabia nadar e conhecia bem a região.

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