Descrição de chapéu Cracolândia

Homem tenta comprar crack de delegado durante operação contra traficantes na Sé; veja vídeo

Policial classificou a situação como surreal e triste; usuário deixou o local após perceber que não conseguiria a droga

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São Paulo

Um usuário de drogas tentou comprar cinco pedras de crack com um delegado durante uma ação da Polícia Civil e da GCM (Guarda Civil Metropolitana) em um prédio abandonado na Sé, no centro de São Paulo, na tarde desta terça-feira (20).

A reportagem estava no local e flagrou a ação.

O homem rompeu a barreira feita pelos policiais na rua do Carmo e seguiu em direção ao interior de um prédio no qual eram realizadas buscas por pessoas suspeitas de tráfico e de roubos de celular na região.

Momento em que dependente químico entrega dinheiro e pede "cinco pedras" para delegado
Momento em que dependente químico entrega dinheiro e pede 'cinco pedras' para delegado - Danilo Verpa/Folhapress

Já dentro do imóvel, o dependente químico se deparou com o delegado Roberto Monteiro, chefe da operação. Foi nesse momento que o homem deu a nota de R$ 50 que carregava em uma das mãos e pediu para o delegado "cinco pedras". Ele também trazia consigo um isqueiro.

O homem, que estava visivelmente debilitado, quase não conseguia abrir os olhos.

Demonstrando estar surpreso com a atitude, o delegado Monteiro, que é titular da 1ª Delegacia Seccional Centro, e responsável pelas operações na cracolândia, começou a conversar com o dependente químico.

Ao delegado, ele disse se chamar José Carlos, mas não deu mais informações pessoais.

Em dado momento, ao ser questionado se trabalhava, o homem pediu "cinco pedras".

Ao notar que não conseguiria a droga, ele tomou a nota da mão do delegado e deixou o local.

Naquele mesmo instante, cerca de 10 pessoas passavam por revista na entrada do imóvel. Algumas delas foram liberadas.

O delegado classificou a situação como surreal e triste. "Acreditei, porque sei que o crack destrói fisicamente e psicologicamente o dependente químico. Ele não tinha noção com quem estava falando, nem de tempo e espaço. Ele estava no ‘automático’ e foi comprar onde ele estava acostumado", afirmou.

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