Descrição de chapéu Folhajus

Ministério Público denuncia médico Renato Kalil por violência obstétrica

Promotores de São Paulo também pediram à Justiça indenização de R$ 100 mil à influencer Shantal Verdelho

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Luiza Souto
do UOL

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou na terça-feira (25) o médico obstetra Renato Kalil por crime de lesão leve e violência psicológica durante o parto da influencer Shantal Verdelho, em setembro de 2021. Os promotores de SP também pediram à Justiça que a influencer seja indenizada em R$ 100 mil, em contexto de violência obstétrica. Se condenado pelos crimes denunciados, o médico pode pegar no mínimo 1 ano e 6 meses de reclusão, somadas as duas penas.

O médico obstetra Renato Kalil de terno e gravata em programa de TV
O médico obstetra Renato Kalil foi acusado pelo Ministério Público por violência obstétrica no parto da filha da influencer Shantal Verdelho - 15.dez.21/Reprodução

Em 2021, a influenciadora Shantal Verdelho afirmou ter sofrido agressões físicas e verbais cometidas pelo profissional após o parto de sua filha, Domênica. Em áudio vazado nas redes sociais, ela afirma que imagens gravadas pelo marido, o modelo Mateus Verdelho, na hora do parto mostram o médico proferindo uma série de xingamentos, como "viadinha", "mimada" e "faz força, porra".

As promotoras de Justiça Fabiana Dal Mas e Silvia Chakian já haviam definido uma multa de R$ 12 mil por danos morais a serem pagos por Kalil, por ele ter dirigido palavrões contra Shantal, mas um juiz vetou o pedido, em setembro deste ano. Nas palavras dele, "o médico ostenta poder aquisitivo e visibilidade" e que o valor sugerido não representaria "paridade ou equilíbrio" entre os valores financeiros e morais em disputa", e pediu ao MP nova proposta.

O que diz Kalil

Famoso por atender celebridades e realizar o parto de mulheres como a jornalista Andréa Sadi, a modelo Mariana Weickert, entre outras, Kalil nega que tenha acontecido qualquer intercorrência durante o parto de Shantal, e afirma que o vídeo revelado por ela mostrando as violências sofridas foi editado e está fora de contexto.

"A íntegra do vídeo mostra que não há irregularidade ou postura inapropriada durante o procedimento", disse ele em nota enviada a Universa após o caso vir à tona.

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