Descrição de chapéu Obituário Isidro Octávio Amaral Duarte (1939 - 2022)

Mortes: Jornalista, amava os prazeres da vida

Isidro Duarte passou pelas Redações de veículos como A Tarde, Jornal do Brasil e Veja

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Salvador

Em 1988, quando o então arcebispo primaz do Brasil, dom Lucas Moreira Neves, foi a Roma para ser elevado a cardeal pelo Papa João Paulo 2º, na comitiva baiana estava o jornalista Isidro Octávio Amaral Duarte, à época assessor da Universidade Católica do Salvador.

Primogênito dos três filhos de Joselita com Lélio, Duarte nasceu na cidade baiana de Poções em 19 de março de 1939. Formou-se em direito pela Universidade Federal da Bahia na turma de 1963. Porém, dedicou-se mais à advocacia somente após se aposentar de uma longa carreira como jornalista.

No início da profissão, ele foi aprovado em um certame que previa um curso de aperfeiçoamento durante seis meses nos Estados Unidos. Ao longo da carreira, passou pelas Redações de veículos como A Tarde, Jornal do Brasil e Veja.

O jornalista Isidro Octávio Amaral Duarte
O jornalista Isidro Octávio Amaral Duarte (1939-2022) - Arquivo pessoal

Já na administração pública, foi secretário de comunicação durante a gestão do governador Roberto Santos, a partir de 1975. Depois, atuou na mesma função no governado Elmo Serejo, no Distrito Federal, antes de assumir a assessoria da universidade.

"De volta a Bahia, conheceu minha mãe em 1979, como quem teve três filhos: Pedro, Maria Odete e Maria Eduarda", conta o mais velho, o advogado Pedro Duarte, 42. "Agora, os grandes amores da vida dele eram os três netos."

A paixão pela gastronomia fez dos dotes culinários de Duarte uma extensão de seus textos. "Meu pai viajou muito pela Bahia, conhecia muito da culinária regional. Sua especialidade era pato com molho de laranja e peixe com molho de ervas e vinho branco", recorda o filho.

Viúvo da mãe dos filhos, Maria, Duarte passou os últimos anos da vida na cidade histórica de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, ao lado da companheira Rose Martfeld, sua antiga namorada dos tempos de juventude.

"Eu costumo dizer que meu pai era um bon vivant. Gostava de um bom vinho, de uma boa leitura, de cultura. Foi um professor para todos nós", lembra. "Era uma pessoa que gostava muito de viajar, não só pelo Brasil, mas também pelos países da Europa."

Duarte morreu no dia 16 deste mês, aos 83 anos, em decorrência de complicações causadas por uma inflamação, quase um mês depois de uma cirurgia realizada para retirada da próstata.

Ele deixou a mãe, Joselita, os filhos Pedro e Maria Eduarda, os netos Izaque, Pedro e Enzo, a viúva Rose e a irmã Denise.

O jornalista foi sepultado no último dia 17, no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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