Uma reunião sobre a cracolândia entre representantes das gestões do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do prefeito Ricardo Nunes (MDB), nesta terça-feira (7), foi marcada por discordância sobre as ações no centro de São Paulo.
Profissionais da área da segurança pública defenderam concentrar os usuários em um lugar específico. Já os especialistas das áreas sociais e de saúde se posicionaram pela dispersão, como já acontece atualmente. Prevaleceu a segunda opção.
Conforme uma pessoa que participou da reunião, as ações dos órgãos de saúde e de assistência social devem ser reforçadas a partir desta quarta-feira (8) na região. A prefeitura foi procurada para confirmar, mas não respondeu até a publicação da reportagem.
As ações na cracolândia têm causado divergências entre prefeitura e governo. Um dos principais pontos de atrito é em relação ao formato das operações da Polícia Civil para prender traficantes.
Linha de frente no controle de problemas relacionados à aglomeração de usuários, os policiais entendem que os dependentes devem ser remanejados para uma via com número reduzido de residências ou comércios. Outra solução também discutida seria abrigar os usuários em um imóvel.
Desde que os usuários foram retirados da praça Princesa Isabel, em maio de 2022, eles transitam por diversas ruas da região central, tirando o sono de moradores e afastando clientes dos lojistas. Cenas de roubos a motoristas e pedestres nas proximidades das aglomerações são registradas quase que diariamente do alto das janelas.
Atualmente, as maiores concentrações estão na rua Vitória, entre a alameda Barão de Limeira e a rua Guaianases, no bairro Campos Elíseos, e na rua dos Gusmões com a rua do Triunfo, na Santa Ifigênia. Os locais são próximos, separados pela avenida Rio Branco.
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