Alunos passam mal ao inalar gás proveniente de batalhão da PM em São Paulo

Estudantes estavam em escola vizinha de unidade da corporação na zona leste

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São Paulo

Alunos da Escola Estadual Professor Paulo Roberto Faggioni, no bairro Limoeiro, extremo leste de São Paulo, passaram mal no início da noite de quarta (29) após inalarem um tipo de gás proveniente de um batalhão da Polícia Militar vizinho ao estabelecimento de ensino.

A situação foi relatada pela gestão da escola em uma publicação no Instagram e foi confirmada pela Secretaria da Educação. A Secretaria Municipal da Saúde confirmou que quatro adolescentes da escola foram atendidos, sendo que dois tiveram que ser levados para um pronto-socorro.

Em nota conjunta, as secretarias estaduais de Segurança Pública e de Educação afirmaram que o gás lacrimogêneo usado no treinamento de um quartel da PM foi percebido por alunos. O texto, porém, nega que os estudantes tenham encaminhados para um o hospital.

A Secretaria da Educação lamentou o episódio e disse que se solidariza com aqueles que foram temporariamente prejudicados pela situação.

A nota conjunta ainda diz que as secretarias estão em contato a fim de impedir que novos episódios se repitam.

Fachada da Escola Estadual Professor Paulo Roberto Faggioni
Escola Estadual Professor Paulo Roberto Faggioni no Limoeiro, na zona leste paulistana - Reprodução/Google Maps

Segundo o relato de gestores da escola, por volta das 18h15 funcionários e alunos foram surpreendidos pela entrada do gás no pavimento superior, onde estão localizados o pátio, refeitório e quadras.

Estudantes apresentaram ardência nos olhos, irritação na garganta, tosse, falta de ar, arritmia cardíaca, vômitos e dificuldades na respiração.

O comunicado cita que, antes do gás desconhecido tomar as dependências da escola, foram ouvidas explosões similares a de bombas.

Com a situação, os alunos foram encaminhados até o estacionamento, local com mais ventilação e segurança.

Sem informações sobre o que acontecia, os responsáveis pela escola procuraram o Samu e a Polícia Militar.

O comunicado da escola publicado na rede social diz que, posteriormente, um oficial que se identificou como tenente foi até e o colégio e confirmou o uso de bombas de gás lacrimogêneo durante um treinamento.

O espaço utilizado pela PM é vizinho da Escola Estadual Professor Paulo Roberto Faggioni.

Segundo a Secretaria da Educação, não foram registrados casos graves decorrentes do incidente e as aulas puderam ser retomadas normalmente nesta quinta-feira.

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