Praça da Sé é cercada com grades em meio a alta da violência no centro de SP

Subprefeito disse que medida faz parte das ações de zeladoria para a região

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São Paulo

A Prefeitura de São Paulo resolveu cercar a praça da Sé com grades móveis. A medida, que começou esta semana, faz parte das ações de zeladoria para a região, disse o subprefeito responsável pela área, Alvaro Camilo.

A colocação dos gradis acontece em um momento no qual o centro de São Paulo vive uma alta de casos de violência. O 1º distrito policial, que inclui a Sé, registrou no primeiro bimestre do ano a maior quantidade de roubos da série histórica, iniciada em 2002.

Imagem mostra gradis cercado um canteiro com a catedral da Sé ao fundo
Praça da Sé recebeu gradis para preservar gramas, disse o subprefeito coronel Alvaro Camilo - Folhapress

O subprefeito classificou a situação atual da praça —onde estão a catedral metropolitana e a sede do Tribunal de Justiça do estado —como de "desordem urbana".

"Eu ponho grama eles [moradores de rua] deitam em cima, montam barraca. Então, agora, nós estamos cercando e fazendo zeladoria muito forte. Ali é um trabalho integrado", disse Camilo à Folha.

"A Sé chegou e esse ponto porque a sociedade deixou de olhar para o espaço público", afirmou ele, que é coronel reformado da PM paulista. "Devemos aumentar o pertencimento, ali ficou meio terra de ninguém. É um lugar que todo mundo que vem de fora quer conhecer. Nesse ambiente que você tem a desordem, você tem um ambiente propício para o crime acontecer."

Camilo afirma que recuperar a praça é uma de suas prioridades à frente da Subprefeitura da Sé, que engloba a maior parte do centro da cidade.

Ainda segundo ele, a praça concentra atualmente diversos problemas. "Nós temos as pessoas com uso problemático de drogas, nós temos a feira do rolo, que é um problema de polícia, nós temos pessoas em situação de rua, que precisam de acolhimento, nós temos ali também os camelôs irregulares, que é uma coisa de fiscalização da prefeitura", afirmou.

Conforme Camilo, a ideia não é chegar lá e tirar as pessoas a força, mas com trabalhos intersecretariais. "A gente está trabalhando muito em conjunto com a Smads [Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social] e com a secretaria de Direitos Humanos, para dar um encaminhamento para essas pessoas. A ideia é oferecer uma opção para essas pessoas, para que elas possam se encontrar em outro caminho que não praticar algo irregular na praça".

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