Condenada pela morte de Isabella Nardoni, Anna Carolina Jatobá é solta em São Paulo

Ela deixou o presídio feminino de Tremembé (SP) na noite desta terça-feira (20)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Condenada pela morte da enteada Isabella Nardoni, 5, em março de 2008, Anna Carolina Jatobá foi solta nesta terça-feira (20). Ela deixou a Penitenciária Feminina I de Tremembé, no Vale do Paraíba, por volta das 19h45.

A saída foi confirmada pela SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). Em nota, a pasta disse ter seguido a decisão judicial proferida pela 2ª Vara das Execuções Criminais de Taubaté que estabeleceu a progressão ao regime aberto.

Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá no momento de sua prisão
Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá no momento de sua prisão, em agosto de 2008 - Mastrangelo Reino - 8.ago.08/Folhapress

Além de Jatobá, Alexandre Nardoni, pai da menina, também foi considerado culpado pela crime. A menina foi asfixiada e jogada do sexto andar do prédio onde o casal morava, na zona norte da capital paulista.

A dupla foi condenada por homicídio triplamente qualificado e fraude processual (por ter alterado a cena do crime), em março de 2010.

De acordo com a sentença, no total, Alexandre foi condenado a 31 anos, um mês e dez dias de prisão por homicídio triplamente qualificado, pelo fato de ter sido cometido contra menor de 14 anos e agravado por ser contra descendente. Ele também foi condenado a oito meses pelo crime de fraude processual, em regime semiaberto.

Jatobá foi condenada a 26 anos e oito meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, cometido contra menor de 14 anos, e mais oito meses pelo crime de fraude processual, também em regime semiaberto.

Na sentença, o juiz Maurício Fossen afirmou que o crime teve a "presença de uma frieza emocional e uma insensibilidade acentuada por parte dos réus, os quais, após terem passado um dia relativamente tranquilo ao lado da vítima, passeando com ela pela cidade e visitando parentes, teriam, ao final do dia, investido de forma covarde contra a mesma, como se não possuíssem qualquer vínculo afetivo ou emocional com ela".

Para Fossen, o "desequilíbrio emocional demonstrado pelos réus constituiu a mola propulsora para a prática do homicídio".

Jatobá chegou a cumprir o regime semiaberto, mas em junho de 2020 perdeu o benefício após ser flagrada conversando com os filhos, por meio de uma chamada de vídeo, na penitenciária de Tremembé, onde cumpria pena.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.