Hino da atlética de medicina da Unisa fala em 'enfiar dedo' na vagina para 'arreganhar'

Letra é entoada por estudantes durante competições e eventos festivos, como formaturas

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São Paulo

O hino da atlética de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro), cujos alunos praticaram ato obsceno durante uma competição esportiva, fala em "enfiar o dedo" na vagina —chamada na letra de xavasca— para "arreganhar". Há ainda outras referências sexuais.

A letra é entoada em competições e eventos festivos. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra alunos e alunas cantando o hino durante uma cerimônia de colação de grau. Não há informações sobre a data em que o vídeo foi gravado.

Veja a letra:

"Xá! Vasca!
Xá! Vasca!
Xavasqui! Xavascá! Xavasqui e acolá!
Enfia o dedo nela que ela vai arreganhar!
O quê? Arre-ga-nhar!
Na rima do pudendo [vulva]
Eu entrei mordendo!
É a Med Santo Amaro que está te fodendo!
Medicina! Santo Amaro! Ô!"

ALUNOS FORAM EXPULSOS

O vídeo que mostra estudantes do curso de medicina da Unisa correndo nus e com a mão nos pênis viralizou no último fim de semana. O episódio teria acontecido em abril deste ano, em São Carlos, no interior de São Paulo, em uma competição chamada Calomed.

Alunos do curso de medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro) ficam nus durante competição - @ale_campelo no X

Os alunos estariam assistindo a um jogo de uma equipe feminina da universidade contra o Centro Universitário São Camilo quando tiraram a roupa. Nas redes sociais há comentários de que os estudantes estariam simulando uma "masturbação coletiva".

Após a repercussão, a Unisa expulsou estudantes envolvidos —ao menos seis foram expulsos— e, em nota, repudiou os atos. Já o MEC (Ministério da Educação) pediu esclarecimentos à universidade.

A Polícia Civil investiga o caso.

Nesta quarta (20), o CFM (Conselho Federal de Medicina) anunciou a intenção de criar um grupo de trabalho com o MEC e universidades para definir ações que fortaleçam o ensino da medicina no país. A entidade associou o episódio com alunos da Unisa à fragilidade do ensino e à "abertura indiscriminada de escolas médicas" no Brasil.

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