Veja o que se sabe sobre o acidente que deixou 14 mortos no interior do Amazonas

Ocorrência envolveu avião de pequeno porte no município de Barcelos, área de pesca esportiva

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Rio de Janeiro

Um acidente aéreo deixou 14 mortos neste sábado (16) no município de Barcelos, no interior do Amazonas. Não há registros de sobreviventes.

Autoridades investigam as causas da ocorrência. A seguir, veja o que se sabe até o momento sobre o caso.

Destroços do avião que se acidentou em Barcelos, no interior do Amazonas - Wellington Melo/AFP

Qual era o trajeto do voo?

O avião de pequeno porte envolvido no acidente fazia o trajeto de Manaus para Barcelos durante a tarde de sábado. Cerca de 400 quilômetros separam os dois municípios.

Segundo o Governo do Amazonas, o acidente ocorreu durante a tentativa de pouso no aeroporto de Barcelos. O município fica próximo a Roraima.

Trata-se de um destino conhecido por atrair turistas interessados na pesca esportiva, o que teria motivado o deslocamento do grupo no sábado.

Quem são as vítimas?

As vítimas foram os 12 passageiros e os dois tripulantes da aeronave. Não há registros de sobreviventes.

Após os processos de identificação dos corpos, o Governo do Amazonas confirmou nesta segunda-feira (18) os nomes das vítimas.

A seguir, veja a lista:

  1. Renato Souza de Assis
  2. Marcos de Castro Zica
  3. Witter Ferreira de Faria
  4. Gilcresio Salvador de Medeiros
  5. Roland Montenegro Costa
  6. Fábio Ribeiro
  7. Luiz Carlos Cavalcante Garcia
  8. Guilherme Boaventura Rabelo
  9. Hamilton Alves Reis
  10. Heudes Freitas
  11. Euri Paulo dos Santos
  12. Fabio Campos de Assis
  13. Leandro Costa de Souza (piloto)
  14. Fernando Luiz Galvão Bezerra Júnior (copiloto)

Quais são as causas do acidente?

As causas não são totalmente conhecidas e ainda estão em investigação. No sábado, autoridades ressaltaram que chovia forte durante a tarde em Barcelos.

"O momento do acidente era de chuva muito intensa. Teve a informação de que duas aeronaves que estavam antes desse voo optaram por regressar a Manaus em virtude de a segurança no local não permitir o pouso", afirmou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, coronel Vinícius Almeida, em entrevista coletiva.

"Não temos detalhes que possam ser conclusivos. Temos alguns relatos. Quero aqui não contaminar a investigação. O que tem de relatos é que a aeronave teria pousado no meio da pista e não teve pista suficiente para frear", acrescentou.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) informou que investigadores do Seripa VII (Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) foram acionados para realizar o atendimento inicial da ocorrência.

O Seripa VII é o órgão regional do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O Cenipa tem o objetivo de investigar as ocorrências aeronáuticas, de modo a prevenir novos acidentes.

No domingo, o Governo do Amazonas enviou equipes a Barcelos para auxiliar no transporte dos corpos das vítimas para Manaus. A operação foi planejada de maneira integrada com a FAB.

Após a chegada a Manaus, os corpos foram identificados no IML (Instituto Médico Legal). A liberação para as famílias foi finalizada nesta segunda.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou no domingo que o aeroporto de Barcelos está aberto ao tráfego, sem evidências de problemas com a pista. Segundo a agência, há previsão de obras no local, pelo Governo do Amazonas, a partir de 25 de setembro.

"A última fiscalização no local foi realizada em 1º de setembro de 2023. Atividades de fiscalização abrangem, em regra, todo o aeroporto ou partes dele, incluindo aspectos relativos a pavimentos, cerca, vegetação, condições de manutenção e operação, por exemplo", disse a Anac.

Qual avião se envolveu no acidente?

O avião acidentado era do modelo Bandeirante e, segundo a FAB, tinha a matrícula PT-SOG. Registros da Anac confirmam que a aeronave era operada pela empresa Manaus Aerotáxi, com permissão para táxi aéreo.

Fabricado pela Embraer, o avião tinha capacidade máxima para transportar 18 passageiros. O ano de fabricação era 1991.

O que a empresa afirma sobre o caso?

A Manaus Aerotáxi lamentou o ocorrido em uma nota divulgada nas redes sociais. No mesmo comunicado, declarou que a segurança é a sua prioridade e que a aeronave e a tripulação atendiam a todas as exigências da aviação civil.

"Contamos com o respeito à privacidade dos envolvidos neste momento difícil e estaremos disponíveis para prestar todas as informações necessárias e atualizações à medida que a investigação avançar", afirmou a empresa.

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