Descrição de chapéu violência

Quiosque onde médicos foram assassinados voltou a funcionar horas após o crime

Mesas com marcas dos tiros eram utilizados por clientes durante o almoço

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Rio de Janeiro

O quiosque na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, onde três médicos foram mortos a tiros na madrugada desta quinta-feira (5) funcionava normalmente horas após o crime.

A mesa na qual as vítimas estavam quando foram assassinadas não foi isolada. Quando a reportagem foi ao local, no horário do almoço, um casal bebia cerveja e comia uma porção de batata frita em cima das marcas de tiro. Nenhum dos dois quiseram dar entrevista.

Policiais passam por quiosque onde os três médicos de São Paulo foram mortos, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro. - Eduardo Anizelli/Folhapress

No mesmo horário, um grupo de samba tocava no local. Médicos que estavam em um congresso de ortopedistas que ocorria no Hotel Windsor, localizado na frente do outro lado da rua do quiosque, também almoçavam no quiosque.

Os três mortos também estavam hospedados no local, e tinham ido ao Rio para participar do congresso.

Ainda na madrugada, foi realizada perícia no local do crime e no quarto das vítimas no hotel. Celulares dos médicos foram apreendidos. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o crime.

A ação dos criminosos durou, no total, 27 segundos. Imagens de câmeras de segurança mostram que as vítimas não notaram a aproximação dos criminosos até o momento do primeiro disparo.

No vídeo, é possível ver os quatro médicos sentados em uma mesa do quiosque quando três homens, vestidos com roupas pretas, desceram de um carro branco parado do outro lado da via e começaram a atirar no grupo.

Uma das linhas de investigação adotada pela Polícia Civil é de que os três médicos mortos podem ter sido vítimas por engano. Os investigadores apuram se um dos ortopedistas assassinados pode ter sido confundido com um miliciano da zona oeste.

Médicos aparecem em foto feita no quiosque no Rio de Janeiro; polícia suspeita que Perseu Almeida (à direita) foi morto por ter sido confundido com um miliciano da zona oeste do Rio - Reprodução
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