Rodízio é suspenso nesta terça (3) devido à greve de metrô e CPTM

Ônibus ficarão com 100% da frota nas ruas da capital paulista durante todo o dia, segundo a SPTrans

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São Paulo

A prefeitura suspendeu o rodízio de veículos na cidade de São Paulo, nesta terça-feira (3), por causa da greve de 24 horas anunciada por funcionários do metrô, CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (empresa de saneamento).

Continuam valendo normalmente o rodízio de placas para veículos pesados (caminhões) e as demais restrições: Zona de Máxima Restrição à Circulação de Caminhões (ZMRC) e a Zona de Máxima Restrição ao Fretamento (ZMRF), além das proibições de circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus, conforme a sinalização.

Trânsito na avenida Antonio Joaquim de Moura; prefeitura suspende rodízio de veículos em São Paulo nesta terça-feira (3), por causa da greve no no Metrô, CPTM e Sabesp - Zanone Fraissat - 5.set.23/Folhapress

Segundo anúncio feito na tarde desta segunda (2), os ônibus municipais terão esquema especial de operação, com 100% da frota nas ruas durante todo o dia e não apenas nos horários de pico.

De acordo com a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a SPTrans, estatal que gerencia os ônibus municipais, a medida tenta amenizar os transtornos para quem necessita de transporte público. Os ônibus de grande porte, lembra a empresa, têm capacidade para transportar 170 passageiros, enquanto um trem leva mais 1.000 pessoas a cada viagem.

"Os técnicos SPTrans acompanharão a movimentação dos passageiros nas linhas municipais nesta terça-feira", afirma a estatal.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma que manterá monitoramento constante nas ruas e avenidas da cidade, visando manter as condições de fluidez das vias.

Também por causa da greve, a prefeitura paulistana decretou ponto facultativo.

Está mantido o funcionamento de escolas e creches, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, de assistência social, do serviço funerário, além de outras unidades cujas atividades não possam sofrer descontinuidade.

Mais cedo, o governo do estado já havia decretado ponto facultativo nas repartições estaduais da capital paulista.

A medida não se estende a outras cidades da região metropolitana atendidas pelos trens da CPTM. O ponto facultativo deve ser publicado na edição do Diário Oficial desta terça.

"As consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) da capital e em outras unidades de saúde estaduais terão seus reagendamentos garantidos, assim como nos postos do Poupatempo", afirma o governo estadual, em nota. "Aulas e provas da rede estadual de ensino também serão repostas e reagendadas."

O governo ressaltou que não haverá mudança nos serviços de segurança pública. Restaurantes e postos móveis do Bom Prato devem oferecer normalmente as refeições previstas para esta terça.

O ponto facultativo ocorre apesar de decisões na Justiça do Trabalho que obrigam os sindicatos dos metroviários e dos ferroviários a oferecer efetivo total dos funcionários em horários de pico durante a greve. Nos demais horários, o efetivo mínimo deve ser de 80% dos trabalhadores.

Que linhas vão parar

A previsão é que as linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha e 15-prata do Metrô fiquem paralisadas. Na rede ferroviária, o sindicato dos funcionários da CPTM prevê uma paralisação de todas as linhas administradas pelo serviço público (7-rubi, 10-turquesa, 11-coral, 12-safira e 13-jade).

As linhas 4-amarela e 5-liás de metrô, assim como as linhas 8-diamante e 9-esmeralda, devem seguir operando na terça-feira —as quatro são administradas por concessionárias do grupo CCR. O sindicato, no entanto, vai convocar 170 trabalhadores da CPTM que trabalham nas bilheterias das duas linhas para aderir à paralisação.

O governo estadual classifica a greve como ilegal e diz esperar que as categorias cumpram a determinação judicial.

Já os sindicatos estão recorrendo da decisão. Eles argumentam que aceitam trabalhar com efetivo total caso o governo adote a liberação das catracas, uma reivindicação histórica das categorias durante paralisações.

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