Após fuga em Mossoró, Lewandowski ordena revisão na segurança de penitenciárias federais

Ministério da Justiça pediu a inclusão de nomes de detentos em sistema de alertas da Interpol

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São Paulo

Após a fuga de dois presos de uma penitenciária federal de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, determinou a revisão de equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais do país.

As unidades estão localizadas em Brasília (DF), Campo Grande (MS), Catanduvas (PR) e Porto Velho (RO), além do presídio potiguar de onde fugiram Rogério da Silva Mendonça, 36, o Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho ou Tatu, que se declaram integrantes do CV (Comando Vermelho).

A medida foi anunciada junto com outras ações em nota divulgada pelo ministério na noite desta quarta-feira (14), como o pedido de registro dos fugitivos no sistema de Difusão Laranja da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) e no Sistema de Proteção de Fronteiras.

foto aérea mostra estrutura da penitenciária
Penitenciária de segurança máxima em Mossoró (RN) - Divulgação/MJSP

Além disso, Lewandowski determinou a ação das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), grupo que reúne policiais federais e estaduais em ações de repressão ao crime organizado. De acordo com o comunicado do ministério, há ao menos cem agentes federais envolvidos nas buscas.

Mais cedo, a pasta havia anunciado o reforço nas buscas em rodovias com a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a ida a Mossoró do secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, para acompanhar a busca pelos foragidos e a apuração das circunstâncias da fuga.

A ação inclui perícia na cela em que estavam Martelo e Deisinho e uma investigação para verificar se houve ajuda de agentes aos presos, o que, até o momento, ainda não foi possível confirmar, segundo apurou a Folha.

Os dois fugitivos foram transferidos do Acre para o presídio em Mossoró junto com mais 12 pessoas após uma rebelião que deixou cinco pessoas mortas em setembro do ano passado.

A fuga foi constatada por agentes na manhã desta quarta-feira. Essas foram as primeiras ocorrências do tipo em penitenciárias de segurança máxima nacional desde a inauguração do sistema em 2006. A fuga aconteceu durante a madrugada, por volta das 3h.

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